Alguns anos antes de “Philadelphia”, nos idos
de 1989, lá estava a diretora italiana Lina Wertmüller falando sobre AIDS e o
preconceito inerente à doença –e ainda dela extraindo a então folclórica
relação com o homossexualismo.
Na trama desta obra no mínimo curiosa, Hutger
Hauer vive John Knott, um jornalista que se arrisca numa experiência
imprevista: Faz-se passar por soro positivo a fim de investigar a reação humana
ante uma pessoa nestas condições.
No entanto, eis que o destino comparece com uma
ironia cruel: Ele reencontra uma paixão do passado (a sempre linda Nastassja
Kinski), e após um casual interlúdio, descobre que realmente contraiu o vírus.
A diretora observa o peso esmagador de tal fato
se abater sobre sua vida, minando e contaminando todas os seus âmbitos:
Familiar, social, profissional.
A partir de algum momento,
porém, Wertmüller perde o controle do drama contundente que poderia ter
concebido e cede ao folhetim, dando ao elenco uma orientação desmazelada, algo esquizofrênica, longe da exatidão vista em outros trabalhos.
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