Com o apelo de trazer duas belas e talentosas
atrizes de diferentes gerações, "Eccho Valley" se sustenta com um
roteiro tensos, equilibrado entre revelações bombásticas, amparado no trabalho
de um elenco ora funcional, ora básico que, na medida do possível, entrega um
filme válido ao expectador que souber conter suas expectativas.
Julianne Moore é Kate Garrett, personagem às
voltas com um cotidiano amargo, a sair de um período depressivo –não muito
tempo atrás, ela perdeu a companheira, alguém por quem abandonou o casamento
com Richard (Kyle McLachlan). O fruto de tal casamento é a jovem Claire (Sydney
Sweeney, jovem estrela em ascensão, num papel que aparenta ser protagonista,
mas que se revela quase uma coadjuvante), garota problemática, envolvida com drogas
e companhias nada confiáveis.
Enquanto passa seus dias na fazenda de cavalos
Eccho Valey, localizada no sul da Pensilvânia, dando aulas de equitação, e
mantida financeiramente por Richard com cada vez mais relutância, Kate
testemunha Claire ir e vir de sua vida sem maiores explicações. Quando Claire
precisa de dinheiro ela aparece. Quando precisa de um celular novo, ou de
qualquer outra coisa também; na sequência, ela retorna para a vida desregrada
de sempre.
Numa dessas ocasiões, ela é seguida por Ryan
(Edmund Donovan), seu namorado traficante, e por Jackie (Doomhall Gleeson), o
perigoso fornecedor de drogas dele.
Embora os problemas, juntos desses personagens,
sinalizem à distância com sua chegada, para o público, e até mesmo para a
própria Kate, ela não evita sua aproximação –porque Claire é sua filha, e o
fato de amá-la a torna conivente para com todos os seus lapsos.
As coisas começam a se complicar de verdade
quando Claire aparece numa noite completamente abalada, afirmando ter matado
Ryan acidentalmente –e deixado seu cadáver envolto em plástico dentro do carro!

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