Um tanto equivocado este novo
"Exterminador".
Em grande parte, pela decisão de zerar todos os
filmes que vieram antes (e isso, afinal, é possível numa história que envolve
viagens no tempo) incluindo os dois excelentes primeiros filmes dirigidos por
James Cameron. O problema é que este quinto filme não faz jus à série que ele
quer rebootar.
Começamos já no futuro, às vésperas da derrocada
das máquinas e da iminente vitória dos humanos.
Seu líder, John Connor, parece mais um profeta:
prevê acontecimentos com exatidão, e é capaz de antecipar muitas coisas (também
pudera, sua mãe Sarah Connor lhe alertou sobre isso tudo!).
Ele também sabe que Kyle Reese -o rapaz que ele
criou quase como filho -virá a ser seu pai quando for enviado de volta no
tempo, em 1984.
Isso acaba por acontecer -da forma como é
mencionado no primeiro filme -mas, em algum momento, uma mudança ocorre: O
T-1000, que seria enviado à 1991 a fim de exterminar o John Connor adolescente
(trama do "Exterminador do Futuro 2") acaba sendo enviado desta vez a
1974, para exterminar a Sarah Connor adolescente. Dessa maneira, quando Kyle
Reese chega em 1984, o T-800 mandado para proteger Sarah e dar cabo do T-1000
já toma conta dela há uma década, sendo assim, a Sarah Connor deste novo filme
(interpretada com graciosidade por Emilia Clarke) já é durona e preparada. Eles
aproveitam esse gancho e justificam também o porque do T-800 ser o mesmo e
envelhecido, ainda que carismático, Arnold Scharznegger: Segundo a lógica um
tanto torta e cheia de furos do filme, a parte exterior do robô pode, sim,
envelhecer.
Dirigido pelo mesmo Alan Taylor que fez
"Thor-O Mundo Sombrio", este "Exterminador do
Futuro-Gênesis" carrega características da Marvel Studios que vão além da
escolha de seu diretor.
A junção de humor, ação e
aventura revela-se a mais intensa de toda a série (ainda que para isso a
coerência tenha de ser sacrificada) resultando num "comportamento de
história em quadrinhos" observado nos personagens. Até mesmo uma cena
pós-créditos, típica dos filmes da Marvel, está lá dando gancho é uma
continuação que, a julgar pelo resultado claudicante deste filme, dificilmente
virá a existir.
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