quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Exterminador do Futuro - Gênesis

Um tanto equivocado este novo "Exterminador".
Em grande parte, pela decisão de zerar todos os filmes que vieram antes (e isso, afinal, é possível numa história que envolve viagens no tempo) incluindo os dois excelentes primeiros filmes dirigidos por James Cameron. O problema é que este quinto filme não faz jus à série que ele quer rebootar.
Começamos já no futuro, às vésperas da derrocada das máquinas e da iminente vitória dos humanos.
Seu líder, John Connor, parece mais um profeta: prevê acontecimentos com exatidão, e é capaz de antecipar muitas coisas (também pudera, sua mãe Sarah Connor lhe alertou sobre isso tudo!).
Ele também sabe que Kyle Reese -o rapaz que ele criou quase como filho -virá a ser seu pai quando for enviado de volta no tempo, em 1984.
Isso acaba por acontecer -da forma como é mencionado no primeiro filme -mas, em algum momento, uma mudança ocorre: O T-1000, que seria enviado à 1991 a fim de exterminar o John Connor adolescente (trama do "Exterminador do Futuro 2") acaba sendo enviado desta vez a 1974, para exterminar a Sarah Connor adolescente. Dessa maneira, quando Kyle Reese chega em 1984, o T-800 mandado para proteger Sarah e dar cabo do T-1000 já toma conta dela há uma década, sendo assim, a Sarah Connor deste novo filme (interpretada com graciosidade por Emilia Clarke) já é durona e preparada. Eles aproveitam esse gancho e justificam também o porque do T-800 ser o mesmo e envelhecido, ainda que carismático, Arnold Scharznegger: Segundo a lógica um tanto torta e cheia de furos do filme, a parte exterior do robô pode, sim, envelhecer.
Dirigido pelo mesmo Alan Taylor que fez "Thor-O Mundo Sombrio", este "Exterminador do Futuro-Gênesis" carrega características da Marvel Studios que vão além da escolha de seu diretor.
A junção de humor, ação e aventura revela-se a mais intensa de toda a série (ainda que para isso a coerência tenha de ser sacrificada) resultando num "comportamento de história em quadrinhos" observado nos personagens. Até mesmo uma cena pós-créditos, típica dos filmes da Marvel, está lá dando gancho é uma continuação que, a julgar pelo resultado claudicante deste filme, dificilmente virá a existir.

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