quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Homem de Ferro 2

Em time que está ganhando, não se mexe, certo?
Com essa idéia em mente, a Marvel Studios, após o estrondoso sucesso de público e crítica de “Homem de Ferro” optou por lançar, dois anos depois, a continuação desse trabalho.
Alternativas não faltavam –na época, exceto pelo Incrível Hulk que ganhou uma nova versão com Edward Norton em 2008, nem Capitão América, nem Thor tinham seus próprios filmes –mas, a Marvel resolveu não arriscar e chamou mais uma vez Jon Favreau para a direção. Liderando o elenco, retornava Robert Downey Jr. garantindo ao filme sua interpretação irrepreensível como o protagonista Tony Stark.
Uma curiosidade: O intérprete de James Rhodes do filme anterior, Terence Howard, não voltou para a seqüência, e em seu lugar foi chamado o ótimo Don Cheaddle que assumiu o personagem e, até o momento, já viveu Rhodes em quatro filmes.
Após ter revelado sua identidade secreta como Homem de Ferro no final do filme anterior, o milionário Tony Stark enfrenta diversos tipos de pressões: Alçado à condição de celebridade ele é pressionado pelo governo à compartilhar a arrojada tecnologia da armadura, no que são apoiados pelo melhor amigo de Stark, o Coronel James Rodhes; ao mesmo tempo, seu ferimento no coração, herdado do ataque do primeiro filme requer uma fonte de energia constante para não matá-lo.
Enquanto isso, um rancoroso inimigo nutre planos de vingança contra o Homem de Ferro: ele é Ivan Danko (Mickey Rourke, uma presença luxuosa), cientista russo que, aliado ao inescrupuloso empresário Justin Hammer (Sam Rockwell), planeja recriar a armadura usando-a para o mal.
Fica perceptível, em muitos momentos, um relativo cansaço do diretor Favreau, pelo fato de estar mais uma vez lidando com os mesmos elementos que tão bem empregou no primeiro filme: Muitas cenas soam quase como uma repetição disfarçada de algo que ele já havia feito antes, embora não faltem momentos bastante divertidos a este trabalho, amparado num roteiro ocasionalmente cômico de Justin Theroux –com quem Downey Jr. havia trabalho em “Trovão Tropical”. Mais do que dar uma continuidade de fato à história de Tony Stark, este filme tem por objetivo, enquanto narrativa, estender os detalhes acerca do Universo Marvel. Para tanto, sua riqueza de detalhes diversas vezes relega a trama a um segundo plano –o quê é fonte de críticas para este filme em especial até hoje –enquanto exibe um gancho explícito para o vindouro filme do Thor (habilmente retomado nessa produção) na forma do personagem do Agente Coulson (Clark Gregg), bem como a aparição bem mais estendida e intensa de Nick Fury (Samuel L. Jackson, que no filme anterior surgiu somente numa cena pós-créditos) e, sobretudo, a esplêndida presença da Viúva Negra (Scarlet Johansson).

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