domingo, 26 de julho de 2015

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros

Assistir um filme é uma questão de circunstância. Melhor, GOSTAR (ou conforme o caso até ODIAR) é uma questão de circunstância. Já me vi em situações em que detestei um filme que todos amavam e diziam ser excelente (como "Além da Linha Vermelha" ou "Dogville") ou acabei adorando um filme que todos diziam ser ruim (como o sueco "Guerreiro Silencioso").
Talvez, esse não seja o caso de "Jurassic World", já que o filme parece estar agradando a muita gente -esta semana entrou para terceira posição entre as maiores bilheterias de todos os tempos (!!!).
Mas, muitos amigos meus disseram que era um filme ruim, que não gostaram, e que provavelmente, eu não iria gostar. Assim, foi com a expectativa baixíssima -mais um sentimento de adoração em relação ao original de Steven Spielberg -que eu fui ver o filme numa de suas últimas sensações antes de sair de cartaz.
E, olha... ouso dizer que até me diverti bastante!
Não é um filme perfeito. Não é, nem por um decreto, o melhor blockbuster do ano (honra que por enquanto parece estar sendo disputada apenas por "Mad Max-Estrada da Fúria" e "Homem-Formiga"). E, certamente, não é melhor que o "Jurassic Park", de Spielberg, que inacreditavelmente foi feito lá atrás, em 1993, e permanece insuperável! E o próprio filme parece saber disso...
As suas referências ao trabalho de Spielberg (aqui como produtor executivo) são inúmeras e até emocionantes, como a aplicação sensata e nostálgica da bela trilha sonora de John Willians, incrivelmente desperdiçada nas duas inferiores continuações; ou a "participação especial" de pequenos objetos de cena, tais como a camisa vintage de um dos funcionários, o capacete de visão noturna e o jipe antigo que surge numa cena.
São detalhes interessantes, mas que no fim não determinam se o filme é bom ou ruim. O que o faz é o trabalho do diretor, e aqui Colin Trevorrow, se não é genial, ao menos, faz tudo com bom senso: acrescenta ritmo à narrativa, enxuga, na medida do possível, todas gorduras do roteiro, e utiliza muito bem a câmera para que a generosa produção apareça esplendidamente na tela.
É um filme para ser visto no cinema. Daqueles que, muito possivelmente, quando eu rever em DVD, perceberei que não era tão empolgante assim.
Enfim, como eu falei: Assistir filmes é uma questão de circunstância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário