segunda-feira, 9 de maio de 2016

O Massacre dos Barbys

O cineasta Cult espanhol (e infalivelmente adepto de uma podreira), Jess Franco, já tinha mais de vinte anos de carreira quando, em 1996, juntou-se a uma jovem banda de punk-rock da Espanha, os Kyller Barbies, para filmar o que seria sua própria versão daqueles filmes protagonizados por músicos (de cujo subgênero, os Beatles foram pioneiros).
Surgiu, então, “O Massacre dos Barbys”, título no qual a grafia do nome da banda vinha propositadamente errada para evitar complicações com os direitos autorais da Mattel, proprietária da boneca homônima.
Misto claudicante e até esquizofrênico de videoclipe e filme de terror B, “O Massacre...” cai em diversas armadilhas armadas por sua limitação orçamentária e refletem bastante o ‘estilo mambembe’ de Jess Franco filmar: Este é um dos título de sua filmografia que mais o aproximam de Ed Wood!
Na Espanha (ou onde quer que essa história insana se passe...), uma banda de punk-rock termina sua apresentação em um desses ‘inferninhos’ e pega a estrada a bordo de uma van para a apresentação seguinte. No caminho, enquanto estão inadvertidamente passando por uma floresta (!), sua van estraga, e eles ficam todos à deriva.
Um sujeito estranho aparece, lhes oferecendo abrigo numa mansão nas redondezas (!!), segundo ele de posse de uma certa Condessa Von Fledermaus (morcego, em alemão!!!).
Eles se dividem entre aqueles que aceitam a proposta e vão para a mansão e aqueles que... bem, aqueles que decidem ficar na van transando (!).
A Condessa em questão (interpretada pela veterana Mariangela Giordano que, do alto de seus 59 anos, tira de letras as cenas de nudez com um corpão de dar inveja a muita garotinha!), é uma espécie de vampira, que necessita de sangue e outros fluidos (!!) de suas vítimas a fim de preservar sua imortalidade.
E explicar mais da trama seria perda de tempo, até porque, com seu estilo pitoresco de filmar, Jess Franco transforma tudo em uma grande lambança, com sangue, violência, anões e mulheres peladas para todos os lados (!), tudo embalado pelas músicas dos Kyller Barbies, que servem como trilha sonora e tocam exaustivamente o filme inteiro!!!
(Acho que nunca usei tantos pontos de exclamação como nesta resenha!)

Como todo filme de Jess Franco, “O Massacre dos Barbys” serve como exemplo (longe de ser o melhor, é bem verdade) de sua paixão pela técnica cinematográfica, que ele exercia mesmo em face das mais atrozes e precárias condições.

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