A Marvel Studios tinha um plano. Ele começou,
mais ou menos em 2012, quando o vilão Thanos fez sua primeira e breve aparição
na cena pós-créditos de "Vingadores".
Imaginou-se, na época, que aquele seria o
gancho para uma continuação (que veio três anos depois, “A Era de Ultron”), mas
o plano da Marvel Studios –e de seu competente presidente, Kevin Feigi
–revelou-se muito mais complexo e ambicioso: Com o tempo e os inúmeros filmes
que vieram depois (que variavam entre o divertido e o excelente), a Marvel
construiu todo um universo de personagens e narrativas compartilhadas no
cinema, repetindo uma linguagem que predominava nos quadrinhos originais, cujas
direções apontavam para um único desenlace; a chegada de Thanos e sua
conseqüente reunião das seis jóias do infinito.
Quem leu os quadrinhos sabe do quê se trata. As
Jóias do Infinito são poderosas gemas de poder cósmico que reunidas
proporcionam a onipotência. São elas, a jóia do espaço (o Tesseract visto em
“Capitão América-O Primeiro Vingador” e em “Vingadores), da realidade (o
Aether, mostrado em “Thor-O Mundo Sombrio”), do poder (o Orbe revelado no
primeiro “Guardiões da Galáxia”), da mente (a jóia que terminou constituindo
parte do andróide Visão em “A Era de Ultron”), do tempo (o Olho de Agamoto, em
“Doutor Estranho”) e da alma (jamais revelada até então, mas que ocupa uma
parte essencial da trama neste filme).
Não é a toa, também que por meio deste filme,
então, a Marvel Studios sinalize um desfecho para muitas das premissas que ela
mesma iniciou nesses últimos dez anos.
Claro que ninguém é ingênuo de achar que eles
deixarão de investir em seus filmes e em seus heróis, mas o trabalho dos Irmãos
Russo (diretores primorosos de “Capitão América-Soldado Invernal” e “Capitão
América-Guerra Civil”) é tão contundente e corajoso que o filme consegue passar
uma amarga impressão oposta –independente do rumo que seja tomado em outros
filmes vindouros (e, sim, eles virão) a sensação que “Guerra Infinita” nos
passa é, de fato, a de um encerramento.
A medida que Thanos (numa trabalho brilhante de
Josh Brolin em captura de performance) vai tentando reunir as seis jóias, a
história se reveza em três eletrizantes linhas narrativas: Na primeira (e que
já havia sido devidamente esboçada no final de “Thor-Ragnarok”) acompanhamos o
Deus do Trovão que, destituído de seu martelo, sua nave e seu povo, encontra os
Guardiões da Galáxia –ao lado dos quais tentará obter um novo martelo para ter
uma chance de se equiparar a Thanos na batalha final. Na segunda linha, vemos
Tony Stark, o Homem de Ferro, unir-se ao mago Doutor Estranho e ao jovem
Homem-Aranha para ainda no espaço sideral tentar deter a ameaça de Thanos. Na
terceira linha, somos testemunhas dos esforços do Capitão América e seu grupo,
Viúva Negra. Falcão, Feiticeira Escarlate e Visão, aliados ao Pantera Negra
para tentar impedir uma invasão alienígena à Terra, na preparação para uma das
mais espetaculares e gigantescas batalhas que o cinema já viu.
Três linhas narrativas. E nas três, a Marvel
cuidou para que os protagonistas de cada um dos núcleos fossem os membros de
sua Trindade Principal: Homem de Ferro, Capitão América e Thor que, vividos
respectivamente por Robert Downey Jr., Chris Evans e Chris Hemsworth, são assim
as mais perfeitas traduções cinematográficas desses personagens.
É a Thanos, contudo, que “Guerra Infinita” de
fato pertence.
Indo de encontro a uma das críticas mais
contumazes de seus filmes (de que seus vilões são genéricos), a Marvel Studios
faz de Thanos o grande protagonista de seu filme –e isso significa que suas
motivações são esboçadas com um brilho e um zelo que ultrapassa o registro dos
quadrinhos.
Significa outra coisa também: Não há nenhum
personagem mais implacável que Thanos, e em seu propósito não entram as
predileções do público –um dos assuntos mais discutidos pelos expectadores
antes da estréia era quem morre ou não em “Guerra Infinita”, e dá pra dizer
(sem entregar surpresas) que os Irmãos Russos foram inclementes: personagens
absolutamente queridos e inesperados (e num número muito maior do que se pode
supor) ganham um fim trágico em inúmeros momentos deste filme, o quê torna seu
encerramento –o primeiro da Marvel a ter um aspecto de ‘final’ de fato –um
tanto amargo.
Uma junção habilidosa e
singular entre o escopo narrativo de “OSenhor dos Anéis-O Retorno do Rei” e o impacto emocional de “StarWars-O Império Contra-Ataca”.
Eu achei um muito bom filme de super herois. Pessoalmente achei bom o papel de Peter Dinklage. Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador. Também vou gostar muito sua atuação no filme Meu Jantar com Hervé. Sempre cuida todos os detalhes e como resultado faz grandes produções e bons filmes. Eu li que é também um dos melhores filmes com Jamie Dornan. Vai ser incrível. Cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção. A verdade recomendo.
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