Terceira e última parte da Trilogia do Anel.
Eis que chegou a hora de decidir o destino dos homens, a hora de descobrir qual
desfecho terá a dolorosa e comovente campanha de Frodo e seu grande amigo Sam,
em meio ao maior dos perigos na tentativa de destruir a peça que decidirá o
rumo da maior batalha de seu tempo. Os muitos personagens urgidos na vasta
imaginação do escritor J.R. Tolkien, as muitas tramas paralelas que os dois
primorosos filmes anteriores trataram de construir convergem, todos para este
daqui, e Peter Jackson coroa sua trilogia com o que inacreditavelmente parece
ser seu melhor filme. Sua narrativa é de um brilho indescritível, colocando-o
naquela seleta e complicada lista dos filmes tão perfeitos e memoráveis que
fica difícil traçar um comentário válido acerca dele.
A realidade é que tudo o que diz respeito à “O
Senhor dos Anéis” não encontra precedentes na história do cinema. “O Retorno do
Rei” teve uma bilheteria monstruosa em seu lançamento (e até hoje figura entre
as mais lucrativas de todos os tempos), no Oscar de 2003, ele igualou o recorde
de 11 estatuetas, pertencente apenas à “Ben-Hur” e “Titanic”, e é até hoje (e
provavelmente continuará sendo por muito tempo) a única ‘continuação nº 3’ a
levar o Oscar de Melhor Filme.
Mas, falemos da obra propriamente dita: O modo
como Jackson orquestra o final é algo de mestre. Ele não apenas demonstra
controle insuspeito das cenas descomunais de batalha, mas também revela uma
atenção aos detalhes íntimos que compõem seus personagens; um a um, cada um
deles experimenta um momento específico de brilho, e olha que não são poucos.
Jackson também faz um uso primordial do excelente poderia técnico de que
dispõe, como a gloriosa fotografia, a trilha sonora acachapante, para não falar
dos impressionantes efeitos especiais, cuja grande vedete é, certamente, o
personagem Gollum, abrilhantado por uma interpretação de ‘captura de performance’
esplêndida, cortesia do ator Andy Serkis.
Em meio à tudo isso, Jackson encontra espaço
para elaborar cenas marcantes e inesquecíveis em sua unidade. E são muitas: A
canção entristecida de Pippin para o rei louco enquanto seu filho cavalga para
a morte; a sequência espetacular dos faróis de Gondor; o tenso encontro de
Frodo com a aranha gigante; a Batalha dos Campos do Pelenor, e a chegada dos
olifantes; os finais múltiplos e emocionantes que vão dando um aperto no
coração.
São tantos os momentos
maravilhosos que não caberiam aqui: Na qualidade de uma das grandes
experiências do cinema “O Senhor dos Anéis-O Retorno do Rei” é inesgotável.
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