terça-feira, 22 de março de 2016

O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei

Terceira e última parte da Trilogia do Anel. Eis que chegou a hora de decidir o destino dos homens, a hora de descobrir qual desfecho terá a dolorosa e comovente campanha de Frodo e seu grande amigo Sam, em meio ao maior dos perigos na tentativa de destruir a peça que decidirá o rumo da maior batalha de seu tempo. Os muitos personagens urgidos na vasta imaginação do escritor J.R. Tolkien, as muitas tramas paralelas que os dois primorosos filmes anteriores trataram de construir convergem, todos para este daqui, e Peter Jackson coroa sua trilogia com o que inacreditavelmente parece ser seu melhor filme. Sua narrativa é de um brilho indescritível, colocando-o naquela seleta e complicada lista dos filmes tão perfeitos e memoráveis que fica difícil traçar um comentário válido acerca dele.
A realidade é que tudo o que diz respeito à “O Senhor dos Anéis” não encontra precedentes na história do cinema. “O Retorno do Rei” teve uma bilheteria monstruosa em seu lançamento (e até hoje figura entre as mais lucrativas de todos os tempos), no Oscar de 2003, ele igualou o recorde de 11 estatuetas, pertencente apenas à “Ben-Hur” e “Titanic”, e é até hoje (e provavelmente continuará sendo por muito tempo) a única ‘continuação nº 3’ a levar o Oscar de Melhor Filme.
Mas, falemos da obra propriamente dita: O modo como Jackson orquestra o final é algo de mestre. Ele não apenas demonstra controle insuspeito das cenas descomunais de batalha, mas também revela uma atenção aos detalhes íntimos que compõem seus personagens; um a um, cada um deles experimenta um momento específico de brilho, e olha que não são poucos. Jackson também faz um uso primordial do excelente poderia técnico de que dispõe, como a gloriosa fotografia, a trilha sonora acachapante, para não falar dos impressionantes efeitos especiais, cuja grande vedete é, certamente, o personagem Gollum, abrilhantado por uma interpretação de ‘captura de performance’ esplêndida, cortesia do ator Andy Serkis.
Em meio à tudo isso, Jackson encontra espaço para elaborar cenas marcantes e inesquecíveis em sua unidade. E são muitas: A canção entristecida de Pippin para o rei louco enquanto seu filho cavalga para a morte; a sequência espetacular dos faróis de Gondor; o tenso encontro de Frodo com a aranha gigante; a Batalha dos Campos do Pelenor, e a chegada dos olifantes; os finais múltiplos e emocionantes que vão dando um aperto no coração.
São tantos os momentos maravilhosos que não caberiam aqui: Na qualidade de uma das grandes experiências do cinema “O Senhor dos Anéis-O Retorno do Rei” é inesgotável.

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