"Aqui jaz a raiz de todos os crimes."
Um dos filmes mais louvados dos anos 80 vem a ser também um dos livros mais louvados do século XX. Não é à toa.
Um dos filmes mais louvados dos anos 80 vem a ser também um dos livros mais louvados do século XX. Não é à toa.
Tudo neste fenomenal “O Nome da Rosa” é fascinante.
Desde seu diretor (um Jean Jacques Annaud em estado de graça que cinco anos
antes entregou o brilhante “A Guerra do Fogo”), passando por seu elenco
extraordinário (onde destaca-se um Sean Connery inspiradíssimo, ainda que sua
escolha tenha criado certa polêmica entre os adoradores do livro; mas temos
também o sempre ótimo F. Murray Abrahams, e um surpreendente Roy Pearlman,
colaborador até bastante habitual de Annaud), e sua ambientação a um só tempo
desigual, enigmática e envolvente.
E sua história, então? Que narrativa! Uma
síntese de suspense de investigação, história de terror, reflexão sobre a
religião e reconstituição de época em meio a Inquisição da Idade Média.
Durante este período negro, acompanhamos o
monge franciscano Guilherme de Baskerville (e a referência à Sherlock Holmes e
às tramas detetivescas de Arthur Conan Doyle não é nem um pouco coincidente),
junto de seu fiel aprendiz, Adso, quando chegam a uma abadia italiana. Lá, um
crime sem muitas explicações foi perpetrado, e os padres do lugar anseiam por
uma solução urgente para o temor que contamina a todos, afinal, uma reunião de
diversos representantes de facções da Igreja Católica está para ser realizada
por lá.
Verdade
seja dita que muito da fantástica história concebida pela mente genial de
Umberto Eco precisou ficar de fora, sendo preservado o básico da trama
investigativa, entretanto, o roteiro continua despertando inúmeras questões que
persistem mesmo depois do filme ter se encerrado. Uma delas: qual é o
significado de seu título?
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