Harry Potter e A
Pedra Filosofal
Esta saga marcou toda uma geração que cresceu
assistindo seus oito capítulos no cinema ao longo de uma década, ou mesmo
conferindo-os em DVD.
Se ela será, ou não, lembrada nos próximos anos
por vir, isso ainda é uma incógnita, mas parece bem provável que sim,
especialmente ao contemplarmos a fascinante elevação de qualidade que ela
apresenta a partir do terceiro filme.
O início da saga, capitaneado pelo irregular
diretor Chris Columbus, resultou num filme bastante lúdico e infantil,
refletindo até certo ponto, o espírito do primeiro livro.
Os valores de produção logo deixavam evidente a
confiança dos produtores no material, que trouxeram o compositor John Willians
para a trilha sonora (icônica, e uma das grandes forças narrativas deste
primeiro filme), mas o verdadeiro acerto foi a escolha do elenco, onde não só
garantiram a longevidade da série com os três intérpretes infantis principais,
como também rechearam o vasto elenco com alguns dos nomes mais significativos
da escola inglesa de interpretação.
Embora tenha estreado nos cinemas (em um já
longínquo final de 2001) praticamente junto com o implacável “Senhor dos
Anéis-A Sociedade do Anel”, o filme fez uma bilheteria impressionante o
suficiente para garantir a realização da saga inteira.
Aqui descobrimos que o jovem Harry (o
apropriado, e melhor a cada capítulo, Daniel Radcliffe) cresceu na casa dos
tios, sempre mal-tratado por eles e por seu primo Duda. Mas, tudo muda no seu
aniversário de 11 anos, quando um gigante entra porta adentro e lhe faz a revelação
que mudará sua vida: ele, Harry, é um bruxo e pertence a um mundo oculto dos
olhos normais. Nesse mundo inclusive ele é uma lenda exatamente por ter matado
o temido Lorde Voldemort, na mesma noite em que ele matou os pais do próprio
Harry. Mas o mundo da magia não é totalmente seguro, pois a sombra de Voldemort
ainda assombra muitos que crêem em seu retorno. Na escola de Magia e Bruxaria
de Hogwarts, Harry descobrirá que esse retorno pode estar relacionado com a
mítica pedra filosofal.
Harry Potter e A
Câmara Secreta
Em seu segundo ano na escola de Hogwarts, Harry
Potter descobre que os rumores sobre uma misteriosa câmara aberta em um local
que ninguém sabe, podem ser mais perigosos do que parece. Alunos, um a um
começam a surgirem petrificados pelos cantos, e a razão disso pode estar
relacionada ao grande inimigo de Harry, Lorde Voldemort.
Realizado de forma praticamente simultânea com
o primeiro filme, este segundo exemplar –também ele dirigido por Chris Columbus
–já ensaiava uma tentativa de amadurecimento da saga, mostrando-se mais sombrio
que o anterior. Mas, a pressão e o desgaste de Columbus ao encarar duas
superproduções consecutivas se refletem na narrativa, tornando este segundo o
mais enfadonho e cansativo dentre todos os filmes.
Mesmo assim, alguns méritos se sobressaem,
sendo os mais lembrados, a aparição de um notável e expressivo personagem
digital (Toby, o elfo, meses antes da revolucionária atuação digital de Andy
Serkis, como Gollum, em “Senhor dos Anéis-As Duas Torres” pegar o mundo inteiro
de assalto!), e a interpretação exuberante e cômica de Kenneth Brannagh, no
papel do novo professor em Defesa Contra a Arte das Trevas, o celebrado
Gilderoy Lockhart.
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