Admito existirem certos filmes que só assisto porque
têm a participação de uma determinada atriz. Quem me levou a ver este “Vizinhos
Nada Secretos” foi a maravilhosa israelense Gal Gadot, a mais perfeita
escalação que a Warner fez até agora para seus heróis da DC Comics, sendo
simplesmente impossível imaginar outra além dela para ser a Mulher-Maravilha.
Ela não é, contudo, a protagonista deste filme,
essa função cabe a Zach Galifianakis, o gordinho barbudo da trilogia “Se Beber
Não Case” que após o sucesso, sobretudo, do primeiro filme, tornou-se quase uma
estrela da comédia norte-americana.
E ele está bem, contido, fazendo um papel
distinto daquele, onde era o idiota que, de uma maneira ou de outra, era sempre
o culpado por deflagrar as confusões; aqui, ao invés disso, ele interpreta o
perplexo cidadão comum, arremessado em uma caótica situação inacreditável.
É interessante notar que o gênero de comédia
possui esses arquétipos que se repetem paulatinamente em diferenciados
argumentos.
Jeff Gaffney (Galifianakis) trabalha no
escritório de recursos humanos de uma empresa armamentista. Seu emprego é
banal, enfadonho e pouco valorizado. A esposa dele, Karen (Isla Fisher), faz
decorações on-line, mas sempre acaba com os serviços mais depreciativos
possíveis –decorar banheiros e mictórios, por exemplo.
As duas semanas em que os dois filhos do casal
partem para uma colônia de férias coincidem também com a chegada de um novo
casal na vizinhança: Os ostensivos, atraentes e carismáticos Joneses
(justamente Jon Hamm, da série “Mad Men”, e Gal Gadot).
O contraste na maioria das vezes vergonhoso
entre o casal terrivelmente normal (sem atrativos físicos, mal vestidos,
desengonçados e pouco auto-confiantes) representado pelos Gaffney, e a
idealização de beleza atlética e perfeição humana personificada pelos Joneses é
o gancho para o humor de sua primeira parte.
Mas, o diretor Greg Mottola (de comédias
juvenis voltadas para uma orientação ligeiramente mais intimista, mas cada vez
mais vulgares, como “Férias Frustradas de Verão”, “Superbad” e “Paul-O Alien
Fugitivo”) logo deixa isso de lado para concentrar-se na suspeita de Karen que
crê na possibilidade dos Joneses, perfeitos e altivos demais para sua
vizinhança, serem na realidade dois agentes secretos.
Entre uma e outra cena de vergonha alheia que o
roteiro e a direção parecem engendrar compulsivamente –e nas quais Zach
Galifianakis e Isla Fisher parecem ser exímios –o filme faz muito lembrar as
situações da série “Chuck”, onde o protagonista era, também ele, um alguém
aparvalhado e normal, jogado então no meio de um universo de espionagem
high-tech com todas as referências a James Bond que se tem direito.
Em “Vizinhos Nada Secretos” essa oportunidade
certamente não é desperdiçada (o diretor Mottola citou, ele mesmo, “007-Os
Diamantes São Eternos” como uma de suas influências), inclusive no detalhe da
escalação do próprio Jon Hamm, cujo papel protagonista em “Mad Men” sempre foi
enxergado pela crítica como a mais adequada representação do James Bond
original de Ian Fleming, antes que esse mesmo personagem tivesse muitas de suas
próprias características modificadas em prol da adaptação de suas aventuras aos
novos tempos.
Um passatempo despretensioso e
divertido que não tenta ser mais do que é.
Eu não tive a chance de ver esse filme, parece muito engraçado. Eu vou vê-la porque eu amo Gal Gadot. Não há dúvida de que muitas pessoas se lembrarão dela atriz do filme mulher maravilha por causa do excelente papel que ela alcançou. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Ela sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Cada um dos projetos desta atriz supera a minha expectativa. Eu sem dúvida verei novamente. Além, acho que a sua participação neste filme da DC Comics realmente ajudou ao desenvolvimento da história. Eu sem dúvida verei novamente.
ResponderExcluirEla é uma atriz sensacional mesmo.
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