sexta-feira, 6 de julho de 2018

A Última Festa de Solteiro


Um dos títulos de início de carreira do astro Tom Hanks, este filme deve ser também –ao lado de “Os Companheiros da Fuzarca” –um dos poucos pelos quais ele deve guardar verdadeiro constrangimento ao recordar.
As mesmas razões, contudo, que fazem “A Última Festa de Solteiro” ser tão infame aos olhos daqueles mesmos que se divertiram com ele nos anos 1980, são também os motivos pelos quais ele ainda é tão desavergonhadamente hilário: Uma vulgaridade que se mostra indissociável de seu humor; uma prosmicuidade que define seus personagens; e uma trama que não vai muito além da intenção de extrair o máximo de comicidade de cenas realmente constrangedoras: Imbuídos por um machismo e um sarcasmo visto com tal naturalidade na politicamente incorreta década de 1980, um grupo de amigos se reúne quando um deles, o motorista de ônibus escolar Rick (papel de Tom Hanks) está para se casar. A idéia é promover uma despedida de solteiro de arromba –e em tal intenção, a partir de um determinado momento do filme, eles não poupam esforços.
Os amigos Jay (Adrian Zmed), Gary (Gary Grossman, dono da cena mais engraçada do filme ao lado de um travesti!), Nick (Brett Baxter Clark) e Ryko (o inexpressivo Michael Dudikoff, pouco antes de fazer sucesso como “American Ninja”) alugam um apartamento na noite específica da festa e, embora tudo comece ameno e comportado, logo surgem novos convivas, prostitutas, músicos e toda sorte de maluquices (incluindo uma famigerada cena envolvendo um jumento e anfetaminas que gerou confusão no público na época pelo fato do momento em questão ser frequentemente cortado do filme).
Paralelamente, as dúvidas da noiva virginal, inocente e bobinha (Tawny Kitaen) acerca do casamento (dúvidas que ele também compartilha) e as gaiatas tentativas de um ex-pretendente (Robert Prescott) em separar os pombinhos transcorrendo junto com a festa que ocupa todo o filme a partir de um determinado ponto e reflete o tipo de comédia besteirol com a qual a produção se esbalda, similar a sua contemporânea "Porky's".
Trocando em miúdos: Muitas piadas chulas e baixaria.

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