Lançado alguns anos após “Os Donos da Rua”,
este trabalho de estréia do diretor e roteirista Boaz Yakin (que depois realizaria
“Duelo de Titãs”, com Denzel Washington) aproveita a mesma vertente então
inovadora para falar sobre as mazelas enfrentadas pelos moradores de subúrbios
específicos norte-americanos.
Vivido com brilho enternecedor e silêncios
expressivos pelo jovem Sean Nelson, o personagem-título é um morador do
Brooklyn, em Nova York, onde as alternativas de vida de um garoto da idade dele
não são das mais auspiciosas.
Fresh, contudo, se vale de sua vivacidade e
criatividade para desvencilhar-se da sordidez da melhor forma que pode. Ele não
deixa de prestar o auxílio quase obrigatório de todos os meninos de sua idade
aos traficantes locais (o mais emblemático deles vivido por Giancarlo Esposito,
de “Maze Runner”), mas procura frequentar com regularidade a escola e encontrar
tempo para encontrar às escondidas o próprio pai, vivido por Samuel L. Jackson.
Alcoólatra cujo vício destruiu a própria vida,
o pai de Fresh vive como mendigo embora seja um gênio do xadrez –é ele quem
orienta Fresh o tempo todo na sua busca por uma vida melhor.
Dividindo-se em tantas situações, Fresh
experimenta cobrança de todos os lados –traficantes, família, professores,
amigos –e sua vida resume-se a tentar driblar essas atribulações.
Nesse percurso, Fresh irá tomar contato com a tentação do poder, os efeitos transformadores da cultura, o perigo intoxicante da morte e a corrupção perniciosa da prostituição, num dos mais realistas registros da perda de inocência dos anos 1990.
Nesse percurso, Fresh irá tomar contato com a tentação do poder, os efeitos transformadores da cultura, o perigo intoxicante da morte e a corrupção perniciosa da prostituição, num dos mais realistas registros da perda de inocência dos anos 1990.
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