É curioso também notar que, horas antes do mesmo anúncio, não é tão fácil assim apontar os verdadeiros ganhadores (prova disso são os bolões de apostas que não são vencidos por todo mundo).
Pela minha experiência, nesta época do ano, nós provavelmente, já ouvimos falar do filme que sairá com a cobiçada estatueta em mãos: Nessa mesma época, em 2014, já se falava de "Birdman", assim como em 2013, já havia algum murmúrio sobre "12 Anos de Escravidão". Ninguém, porém, sabia que seriam exatamente ESSES filmes que ganhariam o Oscar...
Dessa forma, com esse espírito especulativo, vou falar de alguns filmes ainda vindouros, que têm algumas chances, na minha humilde opinião, de disputar o prêmio.
Selecionei cinco, embora hajam muitos mais:
The Hatefull Eight
Quentin Tarantino. Esse nome já explica muito do hipe que já se forma em torno desse filme.Não é pra menos. Os dois últimos trabalhos de Tarantino figuraram entre os indicados ao Oscar, e "Django Livre" venceu os de Ator Coadjuvante, para Christoph Watz, e de roteiro original! Aqui, Tarantino volta a fazer western, com uma trama que resgata muitos elementos de seu sensacional filme de estréia, "Cães de Aluguel". Na história, acompanhamos oito estranhos, isolados em uma cabana no meio de uma nevasca nas montanhas. Um deles, não é quem diz ser, e o caçador de recompensas, interpretado por Kurt Russel não pretende deixar que esse traidor em potencial, colabore na fuga de sua prisioneira, interpretada com fúria por Jennifer Jason Leight.
O trailer, lançado na última semana, é pra animar qualquer um, e a data de lançamento (Natal deste ano) coloca o filme em um momento estratégico para ser lembrado pelos membros da Academia.
Divertida Mente
Já com presença garantida em toda e qualquer lista dos melhores filmes do ano por qualquer pessoa com bom senso, o novo e genial trabalho da Pixar é, talvez, a aposta mais garantida desta pequena lista.
Deve ganhar o Oscar de Melhor Longa de Animação, mas a exemplo dos sensacionais "Toy Story 3" e "Up - Altas Aventuras", deve figurar também entre os indicados a Melhor Filme.
O motivo para isso é bem simples: A Pixar, uma vez mais, conseguiu criar uma obra prima da animação com a magnífica história de uma garotinha, cuja mente é guiada por cinco distintas emoções (Alegria, Tristeza, Raiva, Nojinho e Medo) que ganham representações brilhantes. A própria geografia do cérebro humano criada na animação é algo digna, no mínimo, de aplausos.
Isso sem falar nas mais emocionantes sequências do ano, até agora.
A Travessia
Faz tempo desde que o diretor Robert Zemeckis ganhou seu Oscar (com "Forrest Gump" num já distante 1994!), de lá para cá, ele enveredou pela tecnologia de captura de perfomance, criando animações como "Expresso Polar", "A Lenda de Beowulf" e "Os Fantasmas de Scrooge" que não chegaram a causar muita celeuma. Seu retorno aos filmes com atores de verdade seu deu com o elogiado "O Vôo".
Este ano, Zemeckis surge com um projeto que parece ser certeiro: A história romanceada de Phillip Petit, equilibrista francês que, no fim dos anos 1970, início dos anos 1980, empreendeu uma tentativa clandestina de cruzar, numa corda bamba, o World Trade Center, na época, os edifícios mais altos do mundo.
A mesma história foi relatada no magistral documentário "O Equilibrista", que à propósito, ganhou o Oscar da categoria em 2008.
Ao lado do ator Joseph Gordon Levitt, como Petit (papel que pode ajudá-lo a emplacar sua primeira indicação), o diretor Zemeckis tem tudo para fazer uma obra espetacular com sua habilidade em manipular efeitos especiais em 3D.
Perdido em Marte
O mais arriscado dos meus palpites, "Perdido em Marte", ou "The Martian" é adaptado de um livro escrito por Andy Weir cuja história surpreende do início ao fim. Uma mistura muito bem urdida de "Gravidade", "Apollo 13" e "Náufrago", o filme conta a jornada até inacreditável, mas ancorada em verdades científicas perfeitamente plausíveis, de Mark Whatney (Matt Damon), que acidentalmente, é deixado para trás por seus companheiros, que o dão como morto, numa missão em Marte. Ao longo do tempo que se segue, o astronauta Mark deve usar de sua inventividade para fazer com que o oxigênio, a comida, a água e a energia que dispõe em quantias limitadas, não acabem antes de encontrar uma solução para seu apuro.
A direção desta trama fascinante ficou a cargo de Ridley Scott, que quando quer sempre entrega um filmaço, sobretudo quando cisca no terreno da ficção científica, vide seus seminais "Alien" e "Blade Runner".
Joy - O Nome do Sucesso
Por último, mas não menos importante, uma das barbadas no próximo Oscar. Também com estréia agendada para o fim do ano, este filme trás, além da direção de David O' Russel (cujos três últimos trabalhos foram todos indicados ao Oscar!) a presença da fantástica Jennifer Lawrence (presença assídua nos filmes de O' Russel) como Joy Mangano, uma personagem real, cujo talento para invenção a tornou uma milionária, numa época em que as mulheres tinham de lutar ainda mais para conseguir seu espaço.
Não só o filme aparece como certo em muitas apostas do vindouro Oscar, como Jennifer Lawrence é dada como certa na disputa pelo prêmio de Melhor Atriz, que ela já ganhou, é bom lembrar, por "O Lado Bom da Vida", um filme também dirigido por O' Russel.
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