quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Macumba Sexual

Se há algo que marca esta produção é o seu exotismo –presente especialmente na incomum sexualidade da personagem Princesa Obongo, vivida por Ajita Wilson, uma transexual.
O exotismo e também a aura indissolúvel de trabalho mambembe que acompanha o projeto; e que pode significar falta de qualidade para alguns, ou até agregar charme ao filme para outros.
Aterrorizada por sucessivos pesadelos nos quais enxerga uma exótica e sensual morena que lhe induz a fantasias eróticas, funcionária de uma empresa do ramo imobiliário recebe a incumbência de visitar uma cliente em potencial, cuja morada se localiza numa ilha afastada.
 Por uma dessas manobras do acaso (e dos roteiros de filmes de terror) a proprietária vem a ser a mesma mulher com quem ela vem sonhando, e tudo isso é somente o início de um pesadelo sexual ao qual ela logo será enredada.
A premissa extrai, sem maiores intenções de disfarçar, sua inspiração do livro original “Drácula” de Bram Stocker, que o espanhol Jess Franco já havia empregado numa outra variação criativa com sua musa anterior, a sensacional Soledad Miranda, em “Vampyros Lesbos”; e tal similaridade por ser vista e conferida, neste projeto.
 A verdade é que após a trágica morte de Soledad, num acidente de carro, Franco reencontrou a inspiração nas curvas desnudas de Lina Romay, e com ela realizou, entre outros, este trabalho que muito aproveita elementos com os quais ele já trabalhou (é, na opinião de muitos, praticamente uma refilmagem de "Vampyros Lesbos"). Trata-se de quase um pornô soft, tamanho é o volume de cenas eróticas e de nudez que se sucedem (a grande parte delas, estreladas pela desinibida Lina) dando a impressão que a trama e as artimanhas de Franco estão ali a serviço da próxima trepada.

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