Se há algo que marca esta produção é o seu
exotismo –presente especialmente na incomum sexualidade da personagem Princesa
Obongo, vivida por Ajita Wilson, uma transexual.
O exotismo e também a aura indissolúvel de
trabalho mambembe que acompanha o projeto; e que pode significar falta de
qualidade para alguns, ou até agregar charme ao filme para outros.
Aterrorizada por sucessivos pesadelos nos quais
enxerga uma exótica e sensual morena que lhe induz a fantasias eróticas,
funcionária de uma empresa do ramo imobiliário recebe a incumbência de visitar
uma cliente em potencial, cuja morada se localiza numa ilha afastada.
Por uma dessas manobras do acaso (e dos
roteiros de filmes de terror) a proprietária vem a ser a mesma mulher com quem
ela vem sonhando, e tudo isso é somente o início de um pesadelo sexual ao qual
ela logo será enredada.
A premissa extrai, sem maiores intenções de disfarçar, sua inspiração do livro
original “Drácula” de Bram Stocker, que o espanhol Jess Franco já havia empregado numa outra variação criativa com sua musa anterior, a sensacional Soledad Miranda, em “Vampyros
Lesbos”; e tal similaridade por ser vista e conferida, neste projeto.
A verdade é que após a trágica morte
de Soledad, num acidente de carro, Franco reencontrou a inspiração nas curvas desnudas de Lina Romay,
e com ela realizou, entre outros, este trabalho que muito aproveita elementos
com os quais ele já trabalhou (é, na opinião de muitos, praticamente uma
refilmagem de "Vampyros Lesbos"). Trata-se de quase um pornô soft,
tamanho é o volume de cenas eróticas e de nudez que se sucedem (a grande parte
delas, estreladas pela desinibida Lina) dando a impressão que a trama e as
artimanhas de Franco estão ali a serviço da próxima trepada.
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