O filme contido, de baixo orçamento e estranhamente intimista do diretor Paul Solet pode ser visto como uma derivação, potencializada num filme inteiro, da cena escabrosa do ‘bebê-zumbi’ em “Madrugada dos Mortos”, ou então, uma refilmagem velada do cult “Nasce Um Monstro”.
Em qualquer caso, a sensação de que o resultado
final não atinge todas as suas possibilidades é recorrente.
Com lentidão ora propícia, ora prejudicial à
narrativa, nos é mostrada a dinâmica ligeiramente conflituosa no casamento de
Madeline (Jordan Ladd, de “Cabana do Inferno” e “A Prova de Morte”), com
Michael (Stephen Park). A mãe dele (Gabrielle Rose) impõe controle intrusivo na
vida dos dois, o que frequentemente leva ela e Madeline a alguns atritos. A
mais nova rusga diz respeito ao médico pretendido para acompanhar a gravidez de
Madeline: Ela quer sua amiga –e antigo caso amoroso (!) –Patricia (Samantha
Ferris), uma médica especializada em partos humanizados ocorridos dentro de casa;
já, a sogra deseja o Dr. Sohn (Malcolm Stewart), médico da família (ainda que
nitidamente negligente), por meio do qual será ainda mais fácil manter controle
sobre o jovem casal.
Durante uma crise de madrugada, esses atritos
se acirram –o Dr. Sohn impõe seus ditames no hospital local e entra em choque
com Patricia –e, na viagem de volta, Madeline e Michael sofrem um acidente de
carro. Michael morre na hora e o bebê, ainda na barriga de Madeline, é dado
como morto. Ainda assim, ela insiste na continuidade da gestação e no parto
humanizado. Ao dar a luz, um milagre: O bebê, chamado Grace, que aparentou
nascer sem respirar dá sinais de vida!
Nos dias seguintes, a medida que tenta cuidar
sozinha da filha, Madeline percebe nela comportamentos estranhos, como a
predileção por sangue em detrimento às comidas convencionais para uma criança,
e a quantidade espantosa de moscas que ela atrai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário