O sucesso sempre costuma ser uma faca de dois gumes: Notadamente relacionado ao Homem de Ferro, da Marvel Studios, que interpretou ao longo das últimas duas décadas (e cuja identificação intérprete/personagem salvou sua carreira), o astro Robert Downey Jr., como em outros casos, a despeito de seu colossal e reconhecido talento, encontrou dificuldades em ir além da sombra de seu famoso personagem, sobretudo, aos olhos de uma nova geração de expectadores que não conferiram suas brilhantes atuações numa fase mais jovem (como, por exemplo, “Chaplin”).
Assim sendo, este drama de tribunal “O Juiz”,
dirigido por David Dobkin (diretor de “Eu Queria Ter A Sua Vida” e de “Penetras
Bons de Bico”) contraria as tendências notavelmente cômicas de seu realizador –ainda
que em menor grau elas estejam lá –para explorar as sutilezas dramáticas de seu
astro principal.
De volta à cidadezinha onde cresceu –e para
onde pretendia nunca mais voltar –em razão do falecimento de sua mãe, Hank
Palmer (Downey Jr. provando amplamente sua funcionalidade), um ambicioso
advogado retoma a complicada relação com o pai, Joseph (Robert Duvall que, em
2014, cravou ironicamente uma indicação ao Oscar que a campanha promocional tanto
tentou obter para Downey Jr.), um juiz rígido e linha dura.
Dias depois, surge uma acusação de atropelamento
e homicídio contra Joseph que se vê então no banco dos réus. O filho irá
defendê-lo, trazendo a tona, assim, vários rancores do passado que podem ou não
ajudar a elucidar o ocorrido.
Acima de tudo, este eficiente (ainda que bem
longo) drama de tribunal é um veículo para o astro Robert Downey Jr. cuja
participação parece onipresente em cena –potencializada possivelmente pelo fato
dele ser um dos produtores executivos e de sua esposa, Suzan Downey, ser
produtora do filme.
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