segunda-feira, 13 de março de 2023

Os Vencedores do Oscar 2023


 Como diria Leandro Karnal: “Se Você não cresce, você diminui. Se você não vai para frente, você volta para trás.” Após dois anos consideravelmente enfadonhos, a Academia de Artes Cinematográficos voltou a realizar uma cerimônia na qual tentou deixar bem claras suas intenções de abraçar a mudança. O que isso vem a significar? Que o passado tido por retrógrado e tradicionalista ficou para trás. Que tabus estão aí para serem quebrados.

A cerimônia de 2023, na opinião de alguns, pode ter se resumido à tendências óbvias (quem acompanhou premiações anteriores como o SAG praticamente viu todos os premiados se repetirem), mas nada disso dissipou as emoções da noite, que já começaram com os discursos maravilhosos de Ke Hui Quan e Jamie Lee Curtis, premiados como coadjuvantes.

O filme de guerra alemão, “Nada de Novo No Front”, e o grande vencedor da noite, “Tudo emTodo Lugar Ao Mesmo Tempo” se sagraram como os mais premiados, com 6 estatuetas para o primeiro e 7 para o segundo; desde 2014, com “Gravidade, um filme não saia do Oscar com tantas honrarias.

E elas foram mais significativas do que se pode imaginar: Em especial, o prêmio de Melhor Atriz para Michelle Yeoh, finalmente conferido, após 95 anos de Oscar, a uma atriz asiática. O favoritismo de Brendan Fraser também se confirmou, ratificando inclusive sua belíssima trajetória de recuperação e renascimento profissional. É claro que, diante dos premiados, sempre sobram lamentações para quem não ganhou; para mim, foi uma pena “Os Fabelmans”, de Spielberg, ter saído de mãos abanando.

Entretanto, a cerimônia de 2023 foi um belo lembrete de tudo o que faz o cinema ser arrebatador, ao premiar um filme tão diferente, tão absolutamente distante de seus padrões estabelecidos e que, com beleza, perícia e emoção retrata maravilhosamente bem a geração millennials de hoje. O belo recado que fica é: A partir de agora, tudo pode acontecer. Aqueles que jamais almejaram a chance que ganhar um Oscar têm, sim, a possibilidade de verem seus sonhos sendo realizados.

Foi curioso, porém, que o momento a relembrar com mais propriedade e alegria a exuberância da Velha Hollywood veio através de um filme estrangeiro: A magnífica apresentação da canção “Naatu Naatu”, do filme indiano “RRR”.

MELHOR FILME

"Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo"

MELHOR DIREÇÃO

"Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo", Daniel Kwan e Daniel Scheinert

MELHOR ATRIZ

Michelle Yeoh, "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo"

MELHOR ATOR

Brendan Fraser, "A Baleia"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Jamie Lee Curtis, " Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo "

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Ke Huy Quan, " Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo "

MELHOR FOTOGRAFIA

"Nada de Novo no Front"

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA-METRAGEM

"Navalny"

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

"An Irish Goodbye"

MELHOR FILME INTERNACIONAL

"Nada de Novo no Front" (Alemanha)

MELHOR SOM

"Top Gun-Maverick"

MELHORES EFEITOS VISUAIS

"Avatar-O Caminho da Água"

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO

"A Baleia"

MELHOR FIGURINO
"Pantera Negra-Wakanda Para Sempre"

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

"Nada de Novo no Front"

MELHOR TRILHA SONORA

“Nada de Novo no Front"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

"Naatu Naatu", de "RRR"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

" Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo "

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

"Entre Mulheres"

MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

"Pinóquio de Guillermo Del Toro"

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

"The Boy, The Mole, The Fox and The Horse"

MELHOR EDIÇÃO

" Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo "

MELHOR CURTA-METRAGEM DE LIVE-ACTION

"The Elephant Whisperers”

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