O cineasta Cult espanhol (e infalivelmente
adepto de uma podreira), Jess Franco, já tinha mais de vinte anos de carreira
quando, em 1996, juntou-se a uma jovem banda de punk-rock da Espanha, os Kyller
Barbies, para filmar o que seria sua própria versão daqueles filmes
protagonizados por músicos (de cujo subgênero, os Beatles foram pioneiros).
Surgiu, então, “O Massacre dos Barbys”, título
no qual a grafia do nome da banda vinha propositadamente errada para evitar
complicações com os direitos autorais da Mattel, proprietária da boneca
homônima.
Misto claudicante e até esquizofrênico de
videoclipe e filme de terror B, “O Massacre...” cai em diversas armadilhas
armadas por sua limitação orçamentária e refletem bastante o ‘estilo mambembe’
de Jess Franco filmar: Este é um dos título de sua filmografia que mais o
aproximam de Ed Wood!
Na Espanha (ou onde quer que essa história
insana se passe...), uma banda de punk-rock termina sua apresentação em um
desses ‘inferninhos’ e pega a estrada a bordo de uma van para a apresentação
seguinte. No caminho, enquanto estão inadvertidamente passando por uma floresta
(!), sua van estraga, e eles ficam todos à deriva.
Um sujeito estranho aparece, lhes oferecendo
abrigo numa mansão nas redondezas (!!), segundo ele de posse de uma certa Condessa
Von Fledermaus (morcego, em alemão!!!).
Eles se dividem entre aqueles que aceitam a
proposta e vão para a mansão e aqueles que... bem, aqueles que decidem ficar na
van transando (!).
A Condessa em questão (interpretada pela
veterana Mariangela Giordano que, do alto de seus 59 anos, tira de letras as
cenas de nudez com um corpão de dar inveja a muita garotinha!), é uma espécie
de vampira, que necessita de sangue e outros fluidos (!!) de suas vítimas a fim
de preservar sua imortalidade.
E explicar mais da trama seria perda de tempo,
até porque, com seu estilo pitoresco de filmar, Jess Franco transforma tudo em
uma grande lambança, com sangue, violência, anões e mulheres peladas para todos
os lados (!), tudo embalado pelas músicas dos Kyller Barbies, que servem como
trilha sonora e tocam exaustivamente o filme inteiro!!!
(Acho que nunca usei tantos pontos de
exclamação como nesta resenha!)
Como todo filme de Jess Franco, “O Massacre dos
Barbys” serve como exemplo (longe de ser o melhor, é bem verdade) de sua paixão
pela técnica cinematográfica, que ele exercia mesmo em face das mais atrozes e
precárias condições.
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