"Aqueles homens que sonham de dia são
perigosos, podem viver seus sonhos de olhos abertos. Foi o que eu fiz."
Nas palavras do próprio T. H. Lawrence, ele
descreve sua trajetória como renomado teólogo acadêmico na sua confortável vida
na Inglaterra para suas aventuras no deserto onde buscou, por meio de seus
ideais diplomáticos, dar voz e razão às revoltas insurgentes dos povos
oprimidos da região. Essa jornada está traduzida num filme vigoroso e solene,
até hoje uma das melhores traduções de "filme épico" do cinema,
amparada numa soberba interpretação do grande Peter O'Toole.
Autor de “Os Sete Pilares da Sabedoria” (livro
que inspirou a narrativa deste filme), Lawrence sempre foi fascinado pelo mundo
árabe e entusiasmado com sua cultura.
Durante a Primeira Guerra Mundial, esse
fascínio o levou a renunciar uma próspera carreira no exército britânico para,
em vez disso, liderar tropas árabes contra a Turquia.
Grandioso e freqüentemente de uma beleza
incalculável –como muitas das obras realizadas pelo diretor David Lean
–“Lawrence da Arábia” entra naquela complicada e restrita lista de filmes tão
especiais, tão essenciais e marcantes ao cinema que os comentários em torno
dele, ou de qualquer aspecto seu perdem significado.
Não à toa, venceu sete Oscar: Melhor Filme,
Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Som, Melhor
Trilha Sonora Original e Melhor Montagem –acredite se quiser, embora seja
considerada por qualquer crítico de cinema como uma das atuações mais perfeitas
e imprescindíveis do cinema, Peter O’ Toole não ganhou o Oscar de Melhor Ator!
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