O grande estigma dos filmes eróticos em geral é
o fato de que suas histórias são construídas em favor da inclusão de cenas de
nudez e sexo. E não haveria de ser o singelo “Exposed”, que viria a superar
esse detalhe.
Feito na Suécia durante os anos 1970, esta
produção aproveitava a popularidade da belíssima Christina Lindberg, estrela do
cultuado “Thriller”.
Com efeito, o filme se molda em torno de sua
presença, tateando uma trama ligeiramente fugaz e dispersa que demora a se
esclarecer de fato aparentando, até lá, uma sucessão quase aleatória de
acontecimentos envolvendo a jovem.
Menos mal que os realizadores suecos eram
hábeis em sua cinematografia: Apesar de não raro precário, “Exposed” é bem
filmado, e seu ritmo, conciso e fluente.
Christina é Lena, que no início, parece tentar
se afastar de Jan (Bjorn Adelly), um namorado violento. O que ela consegue indo
parar numa barraca com um casal de nudistas –e tome cenas de nudez de Christina
e seus seios espetaculares.
É possível notar um aspecto curioso na
narrativa: O filme com frequência transcorre em cenas onde Lena imagina
situações dentro de sua mente, quase todas de cunho violento ou sexual.
Depois desse início, estranhamente deslocado do
resto do filme, Jan reaparece, revelando-se bem menos abusivo do que antes.
Assim, o filme do diretor Gustav Wiklund começa a elucidar melhor as
circunstâncias de sua protagonista: Jovem moradora do subúrbio, Lena participou
de uma festa promovida pelo degenerado Helge (Heinz Hopf) durante a qual tirou
fotos nua que, desde então, ele está usando para chantageá-la.
O enredo de “Exposed” não se sustenta com mais
detalhes do que isso: Assim, acompanhamos as idas e vindas de Lena, às voltas
com sua sexualidade e com os dois homens que influenciam sua vida no momento
presente –o persecutório, envolvente e corruptível Helge, e o romântico, porém,
insípido Jan –e, a pontuar essas sequências muitas vezes vazias, as cenas de
nudez de Christina, o real objetivo do filme.
A despeito dessa
redundância, “Exposed” é um exemplo notável das obras de apelo popular
concebidas na Suécia (e que agregavam algum valor técnico) e da plena beleza e
sensualidade de Christina Lindberg.
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