Já fazia anos que não se via um bom trabalho do
astro Will Smith. Daqueles vibrantes de verdade.
Lá, numa já distante década de 1990, ele
conseguiu emplacar dos sucessos esmagadores de bilheteria em dois anos
consecutivos, no mesmo feriado de 4 de julho (Independence Day, 1996, e Homens
de Preto, 1997, para aqueles que não têm idade para lembrar disso...).
De lá para cá, ele mostrou que podia ser ator
sério, concorrendo até ao Oscar (por Ali, em 2001, e por À Procura da
Felicidade, em 2006), fez mais alguns sucessos de bilheteria, e bons filmes,
outros, talvez até nem tanto, e então começou a desaparecer das telas, servindo
mais como uma escada para a carreira de seu filho Jayden Smith: como o pavoroso
Depois da Terra.
Esse e o pouco interessante Homens de Preto 3
pareciam compor um caso de astro em decadência.
Mas, nada como um filme muito bom para mudar as
coisas!
Tudo bem que Golpe Duplo não é o maior dos
filmaços, mas para quem ameaçava não recuperar mais o pique de outrora, está
muito bom! É verdade, também que, se o filme é bom e funciona, isso não é por
causa de Will Smith, e nem dos diretores Glen Ficarra e John Requa. É por causa
de Margot Robbie!
A linda loira australiana que foi revelada ao
mundo no sensacional O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, revela aqui ser
plenamente capaz de segurar um filme sozinha, com carisma, talento e
desenvoltura. Além de hipnoticamente bonita.
Os predicados dela, na maioria das vezes,
escondem os erros do filmes, como o fato dos diretores tropeçarem onde um filme
sobre golpistas menos deveria tropeçar: na maneira com que as sucessivas
reviravoltas do roteiro chegam ao expectador.
A direção deles, nota-se, parece o tempo todo
deslumbrada com a belíssima produção a que têm acesso, e isso enche o filme de
planos lindos, ainda que estranhamente artificiais.
No final, Golpe Duplo não é
um grande filme, é mais um bom passatempo, nada memorável, mas satisfatoriamente
assistível. Para Will Smith, que ameaçava perder o dom de fazer até filmes
assim, já está bom demais! E que venha, ano que vem, Esquadrão Suicida, onde
ele divide, outra vez, a cena com a maravilhosa Margot Robbie.
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