domingo, 26 de julho de 2015

Homem-Formiga

A Marvel se sai maravilhosamente bem naqueles filmes em que o público a subestima.
Explico: Em “Guardiões da Galáxia”, por exemplo, no qual muita gente torcia o nariz para um filme protagonizado por uma árvore que se mexia, ou por um guaximim falante, personagens nem um pouco conhecidos do grande público, eles foram lá e entregaram uma de suas melhores produções.Um sucesso esmagador de bilheteria, e de crítica, também.
Hoje, é até estranho lembrar que, antes de 2011, muita gente tinha o pé atrás em relação ao projeto de Os Vingadores.
"Tantos personagens?" "Como farão para que tudo funcione?" "Não vai ser confuso?"
O resultado, todo mundo sabe, foi um fenômeno de bilheteria, e também, um dos filmes de maior qualidade do estúdio.
Quando a Marvel lida dentro de sua zona de conforto, porém (leia-se, continuações de seus sucessos) a coisa normalmente soa um pouco preguiçosa (ainda que, até hoje, a Marvel jamais tenha entregue um filme realmente ruim): “Homem de Ferro 2” e 3, “Thor-O Mundo Sombrio”, e até mesmo o eficiente, ainda que não completamente satisfatório, “Vingadores-A Era de Ultron”.
Daí, temos este “Homem-Formiga”, que só vem reforçar essa teoria, uma vez que trata-se de um herói pouco conhecido fora do meio dos quadrinhos, mas que termina sendo um dos mais mais vibrantes e empolgantes trabalhos do estúdio.
Como em “Homem de Ferro”, a química do elenco funciona incrivelmente bem (escolhas como Paul Rudd, Evangeline Lilly e até Michael Douglas, revelam-se certeiras!), como em Vingadores, a dicotomia entre o ritmo da trama e das cenas de ação é prazeroso. E assim como em Guardiões da Galáxia, aqui, a Marvel encontra um equilíbrio entre o humor, a seriedade e a ação que torna a trama e os personagens, apaixonantes.
Seríssimo candidato a melhor do ano.

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