domingo, 26 de julho de 2015

Vá e Veja

Poucas coisas vão te preparar para "Vá e Veja".
Este é um daqueles filmes que por mais conscientes que estejamos (conhecedores de tantos filmes de guerra, suas cenas atrozes, lampejos de barbárie e horror que o cinema já proporcionou), sempre nos pega desprevenidos.
Vindo de uma carreira relativamente consagrada em sua terra-natal, o bielo-russo Elem Klimov concebeu esta obra a partir de registros, experiências e memórias de infância, todos vividos por quem esteve naquele período, da Segunda Guerra Mundial, como o próprio Klimov, que viveu sua infância durante o ocorrido.
O cinema de guerra que conhecemos, por convenção do circuito comercial, não se compara a "Vá e Veja".
É recorrente, ao longo de sua duração, a sensação de se ver dentro de um sonho -ou de um pesadelo -ou mesmo a sensação de que era para ter sido outro filme, que não este.
Talvez, este seja o legado da guerra. A verdadeira percepção daqueles que a viveram.
Histórias arrebatadas pelo conflito, que terminaram seguindo um caminho que não era o natural.

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