A garotinha Riley mudou-se recentemente de
cidade com seus pais. Com isso, ela perdeu seus amigos, e sua vida
transformou-se de uma hora para outra.
Dentro da cabeça de Riley, as transformações
foram ainda maiores: Ela era regida por cinco emoções distintas (Alegria,
Tristeza, Raiva, Nojo e Medo), que juntas buscavam harmonizar o seu
comportamento. Mas, numa dessas atribulações, Alegria (sua líder) e Tristeza
perdem-se no labirinto das emoções de curto-prazo, enfileiras em prateleiras
infinitas. Para piorar, Alegria e Tristeza estão com as “memórias-base” de
Riley, que definem quem ela é, e como se dá a geografia em sua mente. Sem as duas
emoções para fazê-la ficar alegre ou triste, só restaram no quartel-general que
controla a mente de Riley a Raiva, o Nojo e o Medo, ou seja, são essas as
únicas emoções que ela é capaz de sentir diante do que lhe acontece. Dessa
forma, Alegria e Tristeza têm um tempo relativamente curto para voltar ao
quartel-general e restabelecer as “memórias-base” antes que a mente de Riley
mergulhe numa escuridão profunda de apatia.
Eis que a Pixar entrega mais uma obra-prima,
uma animação fadada a constar em toda e qualquer lista das “melhores animações
de todos os tempos”, as quais já são muito bem preenchidas por vários títulos
da mesma. Como na maioria de suas obras, os artistas da Pixar realizam um
trabalho sobre crianças e (aparentemente) para crianças, mas embutido de uma
inteligência, e um sem-fim de observações subliminares sobre a existência e o
amadurecimento do ser humano, que torna-se impossível não agradar aos adultos
também.
Faça o teste: Na cena em
que Riley finalmente permite-se chorar, tente não chorar junto com ela!
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