Por meio das tortuosas armadilhas da mente –aliadas
à inconseqüência da juventude –é que vemos escrever-se esta história de amor
surpreendentemente bela, além de um dos filmes mais honestos, pertinentes e
genuinamente válidos a surgir no panorama do cinema nacional.
Quando se encontram em Amsterdã, a DJ Erica
(Nathalia Dill) e o jovem Nando (Luca Bianchi), ambos brasileiros, iniciam um
romance.
Apenas ela, entretanto, consegue se recordar de
quê eles já haviam se encontrado, numa rave ocorrida no Brasil, dois anos
antes. Os acontecimentos, em princípio nebulosos que se sucederam lá são aos
poucos revelados por uma sucessão de flashbacks e mostram que devido, sobretudo,
ao consumo de drogas, fatos trágicos de um modo geral marcaram o dois, além de
uma grande amiga de Erica (Livia de Bueno), e levarão não só a perda de memória
de Nando, com também fizeram com que Erica guardasse um enorme segredo.
Arrojado drama do cinema brasileiro dirigido de
forma concisa e sucinta por Marcos Prado, em brilhante trabalho de
reconstituição dos ambientes a que se propõe, primoroso não só por sua
contemporaneidade mas também por seu despojamento.
Destaque, no elenco para a
bela e formidável Nathalia Dill (que fica nua!).
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