Sempre satisfatório o trabalho da Pixar, ainda
que "O Bom Dinossauro" não chegue nem perto da genialidade de
"Divertida Mente".
Na trama, o estúdio ousa imaginar, com leveza e
descontração, um mundo alternativo onde o meteoro que extinguiu os dinossauros
errou sua colisão com a Terra. Assim, encontramos não humanos, mas dinossauros
dominando a Terra, ou quase: Tudo o que vislumbramos é uma família de
fazendeiros no que parecem ser as pradarias do Meio Oeste Americano. A Pixar
evita armadilhas pretensiosas com esperteza contando uma história de modo singelo.
Nessa família de fazendeiros, o caçula, menor e
mais fraco de todos, enfrenta obstáculos para se provar forte e valente. Após
perder-se no rio que corre perto de casa, e descobre que tem como única
companhia um garotinho, Spot, que será seu fiel companheiro para superar o
medo.
Como não poderia deixar de ser, a Pixar usa com
propriedade a dicotomia que surge entre os personagens, sobretudo a inversão de
valores ao colocar os dinossauros como seres conscientes e os humanos como
criaturas mais animalescas, o quê não impede de fazer com que o garotinho Spot
seja o personagem mais cativante.
O novo trabalho da Pixar segue agradável,
perfeito para crianças menores, ainda que longe de ser um exemplar memorável
com os quais eles deixaram o público (mal) acostumado.
PS: Os defensores da tal
"Teoria Pixar" terão um baita trabalho para encontrar argumentos que
encaixe este longa no suposto universo compartilhado por todas as animações do
estúdio.
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