domingo, 26 de junho de 2016

A Balada de Narayama

Se um nasce, outro deve morrer.
Narayama é uma montanha no cume da qual os aldeões vivem conforme uma única regra de sobrevivência, que os permite dividir, com inapelável rigor ainda que certa justiça, todo sofrido alimento obtido nas árduas colheitas: Os mais velhos devem ceder, por meio de seu auto-sacrifício, o lugar aos mais novos, fazendo com que o número de moradores se mantenha sempre o mesmo capaz de ser suprido pela quantia de comida que podem produzir.
Mas, neste primoroso trabalho do diretor japonês Shohei Imamura, prestigiado com uma merecidíssima Palma de Ouro em Cannes, em 1983, o drama humano sempre irá se manifestar para criar emoções e contradições que afetarão a obediência à esse regulamento.
Uma vez mais, o cinema realizado fora dos Estados Unidos une com habilidade o humanismo e o apuro narrativo para criar uma das mais belas histórias sobre a vontade de viver (e de sobreviver).

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