Se um nasce, outro deve morrer.
Narayama é uma montanha no cume da qual os
aldeões vivem conforme uma única regra de sobrevivência, que os permite
dividir, com inapelável rigor ainda que certa justiça, todo sofrido alimento
obtido nas árduas colheitas: Os mais velhos devem ceder, por meio de seu
auto-sacrifício, o lugar aos mais novos, fazendo com que o número de moradores
se mantenha sempre o mesmo capaz de ser suprido pela quantia de comida que
podem produzir.
Mas, neste primoroso trabalho do diretor
japonês Shohei Imamura, prestigiado com uma merecidíssima Palma de Ouro em
Cannes, em 1983, o drama humano sempre irá se manifestar para criar emoções e
contradições que afetarão a obediência à esse regulamento.
Uma vez mais, o cinema realizado fora dos
Estados Unidos une com habilidade o humanismo e o apuro narrativo para criar
uma das mais belas histórias sobre a vontade de viver (e de sobreviver).
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