sábado, 10 de setembro de 2016

A Cura

A encenação convincente é uma das forças da narrativa desde filme instigante, curioso, tenso e, no fim, profundamente indicativo da desilusão moral de seu protagonista. Outras forças narrativas também são as elipses, sugerindo desdobramentos questionáveis da trama que nos intrigam sem deixar qualquer resposta clara, uma manobra que o cinema de horror realizado no Ocidente parece dominar com maestria.

É curioso como, tal qual em “Seven”, de David Fincher, lançado dois anos antes, aqui, o roteiro sugere uma conexão entre os crimes, o psicopata e a esposa do policial, deixando bastante perceptível uma atmosfera de que algo de muito terrível, em nível pessoal para o protagonista, poderá acontecer.
Trata-se de uma caçada á um psicopata, movida por crescente obsessão, como volta e meia o cinema tem o hábito de moldar. Aqui, o psicopata em questão, revela uma habilidade insuspeita e complicada: A de convencer, por meio de hipnose, pessoas inocentes a cometerem crimes bárbaros.
Logo, o filme vai estreitar as distância entre protagonista e antagonista, revelando-se assim um duelo psicológico e mortal entre eles, bem como entre os dois magníficos atores que os interpretam.
Um grande trabalho de forte atmosfera do diretor Kiyoshi Kurosawa (não, ele não tem nenhum parentesco com o grande mestre!).

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