sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Hardcore - Missão Extrema

Este não é um ‘found-footage’ ao contrário do que alguns veículos de mídia andam dizendo: Na verdade, o filme é, ele todo, narrado unicamente do ponto de vista de seu protagonista (e não de uma câmera que ele opera), numa linguagem poucas vezes empregada na sétima arte –pode parecer loucura, mas eu só lembro do filme nacional “Eros-O Deus do Amor”, do grande Walter Hugo Khoury, realizado dessa forma, mas sei que devem haver outros.
A grande sacada é QUEM é seu protagonista e dono dos olhos através dos quais veremos toda a trama: Seu nome é, apenas, Henry e ele aparentemente é uma espécie de experiência do governo. Isso porque, no melhor estilo “Bourne”, ele é capaz de sair no braço com dezenas de caras de uma vez só, e está igualmente no olho de uma conspiração nebulosa, na qual todo mundo parece querer o seu couro.
Aqui, entretanto, as coisas ganham um nível insano de absurdo.
Ocasionalmente, aparece o mesmo indivíduo (vivido por Sharlto Copley, de “Distrito 9”, um bom ator que parece muito afeito à esses projetos incomuns), que morre a toda hora, vindo a retornar nos momentos mais inesperados (!), além dessa estranha capacidade de ressurreição, ele parece ter pistas acerca de toda a verdade e sempre dá dicas à Henry sobre como proceder. A história dessa forma, seja por seu andamento, seja pela procedência de muitos de seus personagens, avança como se fosse quase um videogame, com fases sucessivas a serem superadas, desafios personificados por personagens que nada mais são do que arquétipos e rompantes de exagero diretamente relacionados à sua violência e à sinergia das cenas de ação.

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