Este não é um ‘found-footage’ ao contrário do
que alguns veículos de mídia andam dizendo: Na verdade, o filme é, ele todo,
narrado unicamente do ponto de vista de seu protagonista (e não de uma câmera
que ele opera), numa linguagem poucas vezes empregada na sétima arte –pode
parecer loucura, mas eu só lembro do filme nacional “Eros-O Deus do Amor”, do
grande Walter Hugo Khoury, realizado dessa forma, mas sei que devem haver
outros.
A grande sacada é QUEM é seu protagonista e
dono dos olhos através dos quais veremos toda a trama: Seu nome é, apenas,
Henry e ele aparentemente é uma espécie de experiência do governo. Isso porque,
no melhor estilo “Bourne”, ele é capaz de sair no braço com dezenas de caras de
uma vez só, e está igualmente no olho de uma conspiração nebulosa, na qual todo
mundo parece querer o seu couro.
Aqui, entretanto, as coisas ganham um nível insano
de absurdo.
Ocasionalmente, aparece o mesmo indivíduo
(vivido por Sharlto Copley, de “Distrito 9”, um bom ator que parece muito afeito
à esses projetos incomuns), que morre a toda hora, vindo a retornar nos
momentos mais inesperados (!), além dessa estranha capacidade de ressurreição,
ele parece ter pistas acerca de toda a verdade e sempre dá dicas à Henry sobre
como proceder. A história dessa forma, seja por seu andamento, seja pela
procedência de muitos de seus personagens, avança como se fosse quase um
videogame, com fases sucessivas a serem superadas, desafios personificados por
personagens que nada mais são do que arquétipos e rompantes de exagero
diretamente relacionados à sua violência e à sinergia das cenas de ação.
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