quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Alien 3

Em seu terceiro filme, a saga "Alien" recebe a direção do estreante David Fincher (que mais tarde chamaria a atenção em magistrais obras como "Seven", "Clube da Luta", "A Rede Social" e outros) que confere ao filme um insuspeito arrojo visual.
Muitos foram, contudo, os percalços enfrentados por este filme até que ele visse a luz do dia: O estúdio negligenciou muito da visão que Fincher tinha sobre o projeto, impondo mão de ferro no resultado final –que, de fato, termina sendo o mais irregular da série até então.
Talvez tenham sido as experiências desta primeira incursão no cinema que tenham moldado a personalidade forte que Fincher demonstrou como realizador nos projetos seguintes: Ele nunca mais abriu mão de um controle criativo absoluto sobre seus filmes, o quê lhe rendeu diversos empates com produtores e executivos de estúdio, mas, por outro lado, lhe legou uma das mais impecáveis e impressionantes filmografias do cinema recente.
Mas, vamos ao filme: Orbitando a esmo no espaço sideral, a nave da astronauta Helen Ripley (Sigourney Weaver, sempre fantástica no papel), após os eventos mostrados em "Aliens-O Resgate", é recolhida num planeta-prisão habitado unicamente por presidiários e seus agentes penitenciários. Junto da nave, uma criatura embrionária remanescente dos aliens a acompanha. Logo, o ser alienígena crescerá e ameaçará a vida de todos, a exemplo do que ocorreu nos filmes anteriores.
Embora não seja uma catástrofe em termos gerais (e como filme resulte num espetáculo até bastante satisfatório, coeso e equilibrado) este terceiro exemplar da série –e, na época, planejava-se último –acaba sendo o mais irregular justamente pela comparação com os dois primordiais primeiros filmes (sobretudo com o primeiro, com o qual a trama e o ritmo trazem uma incômoda e excessiva sensação de similaridade).

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