Em seu terceiro filme, a saga "Alien"
recebe a direção do estreante David Fincher (que mais tarde chamaria a atenção
em magistrais obras como "Seven", "Clube da Luta", "A
Rede Social" e outros) que confere ao filme um insuspeito arrojo visual.
Muitos foram, contudo, os percalços enfrentados
por este filme até que ele visse a luz do dia: O estúdio negligenciou muito da
visão que Fincher tinha sobre o projeto, impondo mão de ferro no resultado
final –que, de fato, termina sendo o mais irregular da série até então.
Talvez tenham sido as experiências desta
primeira incursão no cinema que tenham moldado a personalidade forte que
Fincher demonstrou como realizador nos projetos seguintes: Ele nunca mais abriu
mão de um controle criativo absoluto sobre seus filmes, o quê lhe rendeu
diversos empates com produtores e executivos de estúdio, mas, por outro lado,
lhe legou uma das mais impecáveis e impressionantes filmografias do cinema
recente.
Mas, vamos ao filme: Orbitando a esmo no espaço
sideral, a nave da astronauta Helen Ripley (Sigourney Weaver, sempre fantástica no papel), após os eventos mostrados em "Aliens-O Resgate", é
recolhida num planeta-prisão habitado unicamente por presidiários e seus agentes
penitenciários. Junto da nave, uma criatura embrionária remanescente dos aliens
a acompanha. Logo, o ser alienígena crescerá e ameaçará a vida de todos, a
exemplo do que ocorreu nos filmes anteriores.
Embora não seja uma
catástrofe em termos gerais (e como filme resulte num espetáculo até bastante
satisfatório, coeso e equilibrado) este terceiro exemplar da série –e, na
época, planejava-se último –acaba sendo o mais irregular justamente pela
comparação com os dois primordiais primeiros filmes (sobretudo com o primeiro,
com o qual a trama e o ritmo trazem uma incômoda e excessiva sensação de
similaridade).
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