Quando a Disney anunciou, em 2011, a compra
bilionária da Marvel Studios, uma série de infinitas possibilidades deve ter
passado pela cabeça dos fãs.
E sem dúvida, muitas delas diziam respeito ao
potencial que as sempre excelentes animações da Disney podiam alcançar trazendo
os personagens da Marvel.
Mas, a Disney optou por deixar as coisas meio
separadas, permitindo que a Marvel Studios caminhasse com suas próprias pernas
e moldasse o seu próprio estilo.
Até então, a única obra na qual essas duas
vertentes convergem é este “Operação Big Hero”, que, ao mesmo tempo ostenta
todo o “padrão Disney” de excelência técnica em animação (e o designer de seus
personagens humanos é parecidíssimo com os de “Frozen” e “Enrolados”), mas é
também um aproveitamento esperto e eletrizante de alguns heróis de segundo e
terceiro escalão nos quadrinhos da Marvel –desnecessário dizer que não existem
conexões narrativas, portanto, com os filmes ambientados no Universo Marvel
Cinematográfico.
Dessa forma, São Fransokyo é uma cidade de um
mundo alternativo, uma fusão de Tóquio e São Francisco. Como em Tóquio, lá são
proeminentes as escolas de jovens promissores com vocação para a ciência. Um
deles, Hiro, encontra-se em meio às investigações da morte abrupta do irmão
–que parecem ter relação com um ameaçador vilão que usa uma máscara de teatro
Kabuki. Para ajudá-lo, Hiro conta com quatro jovens gênios inventores e com a
presença de Baymax, a última e mais esmerada invenção de seu irmão, um robô
altruísta e benevolente.
Se "Frozen" era
um produto voltado para as meninas, esta livre adaptação dos quadrinhos da
Marvel é, sem a menor dúvida, voltada para os meninos. Como aquele produto
anterior, porém, ele é tão bem feito, que pode ser apreciado por todos os
públicos.
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