Deveriam dar a direção do filme da Liga da
Justiça aos realizadores desta animação já que eles conseguiram fazer deste um
dos melhores filmes do Batman: “Lego-Batman” respeita e considera o legado do
personagem em todas as versões já concebidas; inclusive aí a normalmente
constrangedora série de TV dos anos 1960 estrelada por Adam West (deixada de
fora da maioria das personificações do herói, mas lembrada com muita
espirituosidade por este roteiro).
Empregado como um coadjuvante na divertidíssima
animação “Uma Aventura Lego”, o personagem do Batman, da forma como foi tratado,
roubava muitas cenas: a conseqüência disso foi dar a ele o seu próprio
longa-metragem animado.
A cidade de Gothan City, a despeito de ser
declaradamente a cidade de maior índice de criminalidade do mundo (!), é
protegida pelo vigilante conhecido como Batman (na voz hilária de Will Arnett).
Ao contrário de suas torturadas versões para cinema –e não só interpretadas por
atores reais, mas, também comprometidas com certa seriedade –este Batman é
satisfeito com sua rotina frenética de super-herói em Gothan e orgulhoso com a
persona sombria, viril e vistosa que criou, tanto que isso o permite usufruir
da adoração das massas, enquanto brinca solitariamente com suas bugigangas na
ostensiva Bat-caverna.
Mas, a nova comissária de polícia da cidade,
substituta do aposentado Jim Gordon, e que vem a ser justamente a sua filha,
Bárbara Gordon (voz de Rosário Dawson), deseja mudar as coisas.
Logo na seqüência da nomeação dela, porém, o
Coringa (voz de Zach Galifianakis) e todos os outros vilões da cidade se
entregam para a polícia, num plano mirabolante para tirar a credibilidade do
Batman –afinal, o quê é um herói sem vilões para combater?
Seguindo a mesma premissa de “Uma Aventura
Lego”, de execução engraçada e inusitadamente original, esta animação parece
recriar, em seus pequenos detalhes narrativos, a sensação de uma brincadeira de
criança, com os personagens nitidamente representados por pequeninos
brinquedinhos (o som dos disparos das armas de fogo são onomatopéias
pronunciadas pelos dubladores com a boca!), ainda que a exuberância da
ambientação seja impraticável: “Lego-Batman” é, do início ao fim, uma sucessão
inapreensível à primeira vista de informações visuais que encanta e impressiona
os olhos.
Um exemplo? Ainda disposto a pôr um fim nos
planos do Coringa, o Batman, com a ajuda do novo assistente Robin (voz de
Michael Cera) –ou seria filho adotivo mesmo? –resolve ir à Fortaleza da Solidão
e roubar o projetor de Zona Fantasma do próprio Superman (!) –a cena em que ele
chega à tal Fortaleza e descobre que toda a Liga da Justiça está fazendo uma
festa lá e não o convidaram é de rachar o bico!
Pois bem, Batman consegue arremessar o Coringa
para dentro da Zona Fantasma; o quê só dá continuidade aos planos do vilão: Ele
arregimenta todos os vilões que encontra lá dentro e retorna para instalar o
caos em Gothan City. E como a Warner Bros. é detentora dos direitos de diversos
personagens além dos super-heróis da DC Comics, a galhofa do filme permite a
versão Lego de diversos vilões vindos de outras produções do estúdio como
Sauron (de “O Senhor dos Anéis”), Voldemort (de “Harry Potter”), a Bruxa do
Oeste e os macacos com asas (de “O Mágico de Oz”), King Kong, os Gremlins e
muitos outros.
Uma grande brincadeira que,
exatamente por isso, é muito eficiente em divertir o expectador.
Eu gostei da crítica que este super bem narrado e explicou no meu pessoal Eu também amei o filme! Faz muito tempo que não via um filme com uma animação tão boa quanto Lego Batman, o que mais me impressionou foram todos os dados que encontrei sobre o filme. Se ainda não a viram, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.
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