segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ataque Ao Prédio

Como numa tendência que ocorre ocasionalmente, inclusive em filmes cult, este “Ataque Ao Prédio” tem uma enxurrada de homenagens e referências aos filmes dos anos 1980. Sua estrutura é, toda ela, parecida com aqueles clássicos oitentistas sobre personagens sitiados que em geral colocavam seus protagonistas às voltas com gangues implacáveis perseguindo-os num determinado ambiente; às vezes um prédio, às vezes um bairro.
Mas, aqui há também o acréscimo do elemento fantástico na forma de alienígenas concebidos com rara engenhosidade no que tange ao seu designer e seus propósitos (e nisso, este filme se irmana à “Super8”, de J.J. Abrahams, lançado no mesmo ano): O trabalho do diretor Joe Cornish é, pois, uma pequena gema do gênero.
Na noite de Ano Novo, um grupo de adolescentes marginais londrinos que em nada lembram os heróis em potencial de qualquer filme que seja (e liderados pelo expressivo John Boyega, de “Star Wars”) aproveita a ocasião para cometer seus crimes e delitos de costume, assaltando desavisados transeuntes. Eles encontram, meio ao acaso, algo de caiu do céu em forma de meteoro (e que passou completamente despercebido em razão do céu estar tomado por fogos de artifício): Trata-se de um ser do espaço, bestial e animalesco (e revestido de uma penumbra em igual que o torna uma criatura feita de pura escuridão), que eles, em princípio, pensam ter matado. Mas, a coisa –o quê quer que seja –não é fácil de matar, assim como todos os seus demais semelhantes, que cairão em peso naquela região.
Quando menos esperam, esses garotos (ao lado de uma enfermeira moradora do mesmo condomínio que eles, e vítima de um de seus assaltos no início do filme) são surpreendidos pela chegada desses monstrengos vindos do espaço, seres perigosos e ferozes que oferecem ameaça a toda sua vizinhança.
Isolados por essas criaturas no prédio em que moram, e acompanhados da jovem e perplexa enfermeira (interpretada por Jodie Whittaker, de “Vênus”, um filme com Peter O’ Toole), os garotos têm que dar um jeito de sobreviver, evitar a chacina que os alienígenas estão prestes a propagar e salvar o local onde todos moram. A partir dessa miscelânea frenética e alucinante, o diretor Cornish encontra ecos de "Warriors-Selvagens da Noite", "Aliens-O Resgate" e outros filmes tão apreciados dos anos 1980 permeando esta interessante ficção científica de ação inglesa com doses bombásticas de humor, suspense e sanguinolência.

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