Ao som de “Belbottoms”, de Jon Spencer Blues
Explosion, cujas notas a montagem calibra com primor às seqüências de ação,
vemos transcorrer o primeiro e vertiginoso assalto do filme. O motorista atende
pelo nome de Baby (Ansel Elgort, demonstrando pleno potencial) e sua perícia
hiperlativa para piloto de fuga é construída a partir de um repertório de
estranhos e curiosos hábitos –entre eles, o de ouvir música durante os
assaltos.
Consta que o diretor Edgar Wright (de “Todo
Mundo Quase Morto”, “Chumbo Grosso” e “Scott Pilgrim Contra O Mundo”), um
mestre em unir urgência, humor e empatia em narrativas dinâmicas, assistiu ao
magnífico “Drive”, de Nicolas Winding Refn, e nele se inspirou tanto que a
idéia de todo um novo filme aflorou.
Deveras, há muito em comum entre “Drive” e este
“Baby Driver” –o título original –mas, a graça maior está em suas diferenças.
Tudo o que Baby quer é saldar sua dívida com
Doc (Kevin Spacey, ameaçador). O quê, no caso, ele não está tão longe assim de
fazê-lo: Basta mais um único serviço e ele estará livre para reforçar seu
compromisso com a deliciosa garçonete Debora (Lily James, infinitamente mais
interessante do que em “Cinderella”), e poder cuidar de seu pai adotivo Joe,
que é surdo-mudo e, por isso mesmo, um dos responsáveis indiretos pelo imenso
apreço de Baby pelo som e pela música.
Tendo completado a tarefa criminosa que julgava
ser a última, Baby é confrontado, dias depois, por Doc –ele o quer de novo como
piloto de fuga, aliás, ele o exige de novo como piloto de fuga: O crime, como
em todo conto moral, é um pântano de areia movediça que só faz tragar.
O novo assalto reúne Baby com o casal Buddy
(Jon Hamm) e Darling (Eiza Gonzalez) de seu penúltimo serviço, e com o
traiçoeiro e instável Bats (Jamie Foxx), do último.
Entretanto, uma série de incidentes –somados à
intenção de Baby de fazer deste realmente seu derradeiro trabalho –irão operar
uma curiosa e engenhosa transformação na dinâmica entre os personagens, e
estreitar ainda mais os perigos que ameaçam Baby e Debora.
Com um elenco soberbo, o diretor Wright
subverte as expectativas do público em relação a quem serão os verdadeiros
vilões e antagonistas e adiciona novas e pertinentes surpresas a esta muito bem
executada aventura criminal impulsionada por uma das melhores trilhas sonoras
do ano.
Obrigado por compartilhar este filme deixar uma boa experiência. Desfruto muito deste gênero de filmes, sempre me chamam a atenção pela historia. Jon Hamm e me ator favorito. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Seguramente o êxito de sua filmes de filmes com Jon Hamm deve-se a suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Sempre achei o seu trabalho excepcional, sempre demonstrou por que é considerado um grande ator. Gosto muito do ator e a sua atuação é majestosa.
ResponderExcluirGrato, Fábio. Tmbém sou fã do Jon Hamm, ele é magnífico na série "Mad Men".
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