quinta-feira, 19 de julho de 2018

Sniper Americano


Republicano, entusiasta de direita e hábil cineasta, Clint Eastwood realizou grandes trabalhos cinematográficos onde seu declarado repúdio à violência não escondia a convicção de que, para aplacar esse mal, era preciso de que os próprios cidadãos (ou os principais agentes na linha de defesa desses cidadãos) contra-atacassem, eles próprios, com violência.
Seu cinema (por meio de inúmeras variações) vislumbra os empregos desse mal tão contraditório quanto necessário e suas fascinantes ramificações dramáticas, sendo talvez “Gran Torino” o grande exemplar recente dessa ideologia.
Em “Sniper Americano”, Eastwood reforça a certeza dessa convicção dando o protagonismo de seu filme à um personagem muito real: O condecorado atirador Chris Kyle, que Bradley Cooper (também produtor) personifica com primor inconteste.
Desde muito jovem, o texano Chris Kyle ao mesmo tempo em que nunca se adequou por inteiro nos âmbitos profissionais aos quais tentava se dedicar, sempre demonstrou insuspeito talento no tiro de longa distância.
Sua aptidão o levou ao Exército Norte-Americano, onde Chris acabou enviado para sucessivas incursões no Iraque como franco-atirador. Tais missões concederam a ele um recorde: O de maior número de terroristas abatidos com rifle de longo alcance.
Este filme de Clint Eastwood acompanha Chris Kyle desde o início, sua vida matrimonial em paralelo com as difíceis e exasperantes missões no Oriente Médio, pontuado pela narrativa econômica e precisa que é a marca de seu diretor.

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