Dentre os europeus, os italianos são os que
cultivam um erotismo mais peculiar, uma libertinagem oriunda do despojamento
natural do mediterrâneo; não à toa, da Itália vieram famigerados artesãos do
erotismo como Tinto Brass.
É irônico que esta adaptação (de um livro
bastante famoso pelo alto grau de sensualidade em sua trama) encontre seu
calcanhar de Aquiles exatamente num quesito em que os italianos supostamente
seriam tão desenvoltos: No tratamento das cenas de sexo.
Sua protagonista, vivida
por uma bela e quase adolescente Maria Valverde, é uma garota cuja iniciação
sexual ocorre com um rapaz da escola por quem era apaixonada. Mas sua idéia de
romantismo cai por terra quando fica claro que ele só interessa-se pelo sexo.
Ainda assim ela não se importa e deixa-se levar por uma espiral de experiências
sexuais cada vez mais radicais. Adaptação enfadonha de um livro best-seller que
chamou muita atenção a época pelo despojamento com que relatava a atribulada
vida sexual de uma jovem. O estilo de erotismo italiano, contudo não combina
com o andamento da trama.
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