terça-feira, 24 de maio de 2022

As Patricinhas de Beverly Hills


 Com base numa espirituosa e graciosa atualização do romance "Emma" de Jane Austen, a diretora e roteirista Amy Hecherling faz uma esperta revisão da geração adolescente dos anos 1990, carregada de elementos que regem o comportamento, inclusive, dos adolescentes atuais.

Bonita, popular e consumista adolescente californiana vive sua muito particular rotina de menina rica, tirando satisfação, sobretudo em dar uma ajudazinha nos problemas amorosos dos que a cercam. Mas ela própria tem lá sua vida complicada para resolver.

É como um raio que cai duas vezes no mesmo lugar; uma década antes, nos anos 1980, também Amy Hecherling soube engendrar uma honesta e espontânea radiografia dos dramas e alegrias da juventude de então no surpreendente “Picardias Estudantis” –em todos os sentidos concebíveis, “Patricinhas de Beverly Hills” é seu herdeiro, na compreensão comportamental que ela apresenta de toda uma nova diferenciada geração: Apesar desse notável acerto em seu senso de observação, seu maior trunfo talvez seja mesmo a inebriante presença de Alicia Silverstone, recém-saída de festejados clips da banda Aerosmith, numa ótima interpretação. Uma qualidade que ela não soube manter em sua carreira.

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