Com base numa espirituosa e graciosa
atualização do romance "Emma" de Jane Austen, a diretora e roteirista
Amy Hecherling faz uma esperta revisão da geração adolescente dos anos 1990,
carregada de elementos que regem o comportamento, inclusive, dos adolescentes
atuais.
Bonita, popular e consumista adolescente californiana
vive sua muito particular rotina de menina rica, tirando satisfação, sobretudo
em dar uma ajudazinha nos problemas amorosos dos que a cercam. Mas ela própria
tem lá sua vida complicada para resolver.
É como um raio que cai duas
vezes no mesmo lugar; uma década antes, nos anos 1980, também Amy Hecherling
soube engendrar uma honesta e espontânea radiografia dos dramas e alegrias da
juventude de então no surpreendente “Picardias Estudantis” –em todos os
sentidos concebíveis, “Patricinhas de Beverly Hills” é seu herdeiro, na compreensão
comportamental que ela apresenta de toda uma nova diferenciada geração: Apesar
desse notável acerto em seu senso de observação, seu maior trunfo talvez seja
mesmo a inebriante presença de Alicia Silverstone, recém-saída de festejados
clips da banda Aerosmith, numa ótima interpretação. Uma qualidade que ela não
soube manter em sua carreira.
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