terça-feira, 24 de maio de 2022

O Exorcista Diabólico


 Mais uma obra que Jess Franco, em seu descontrole, perpetrou em uma época em que suas características como contador de histórias de terror já se consolidavam, para o bem ou para o mal. Ele já tinha em seu elenco a sua mais longeva musa, a espevitada Lina Romay (aqui num mero papel coadjuvante) que invariavelmente termina protagonizando cenas de nudez gratuita a exemplo da quase totalidade do elenco feminino.

O próprio Jess se encarrega do papel principal, o de Mathis, um padre que cruza as ruas de Paris disposto a exterminar o mal de uma forma radical: Atento aos menores indícios de possessão –mesmo aqueles possíveis de serem contestados –ele age quase como se fosse um serial killer, enfileirando vítima atrás de vítima com um bisturi, despendendo menos esforço em exorcizá-las e mais em matá-las para o inferno de uma vez (!).

A premissa do filme, portanto, é uma pérola da inversão de valores –uma sacada inusitada que só poderia vir de uma mente fervilhante que, com freqüência, não fazia idéia do que estava fazendo (!!).

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