quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Para Sempre Alice

Renomada professora especializada em lingüística, Alice recebe um diagnóstico desesperador pouco depois de completar 50 anos: as súbitas perdas de memórias, e lapsos corriqueiros que têm lhe acometido nos últimos dias são, na realidade, os indícios iniciais de um Mal de Alzheimer extremamente raro e precoce. E esses distúrbios irão, como ocorre com as vítimas anciãs dessa doença, somar-se cada vez mais, roubando-lhe as lembranças mais perenes, e tirando-lhe a própria identidade. 
O quê acaba sendo especialmente doloroso para uma mulher cuja própria integridade é definida pelo seu intelecto. 
Afirmar, sobre este filme tocante, que Julianne Moore foi plenamente merecedora do Oscar de Melhor Atriz conquistado em 2015 seria falar o óbvio (ela já merecia ser premiada por, pelo menos, três de seus trabalhos; “Fim de Caso”, “Boogie Nights” e “Longe do Paraíso”), mas ela é, de fato, a razão de ser deste drama: Seu registro do Alzheimer é de uma minúcia, de uma elegância e ao mesmo tempo de uma riqueza de pormenores que impressiona mesmo quem já conviveu de perto com essa doença.

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