Renomada professora especializada em
lingüística, Alice recebe um diagnóstico desesperador pouco depois de completar
50 anos: as súbitas perdas de memórias, e lapsos corriqueiros que têm lhe
acometido nos últimos dias são, na realidade, os indícios iniciais de um Mal de
Alzheimer extremamente raro e precoce. E esses distúrbios irão, como ocorre com
as vítimas anciãs dessa doença, somar-se cada vez mais, roubando-lhe as
lembranças mais perenes, e tirando-lhe a própria identidade.
O quê acaba sendo especialmente doloroso para
uma mulher cuja própria integridade é definida pelo seu intelecto.
Afirmar, sobre este filme
tocante, que Julianne Moore foi plenamente merecedora do Oscar de Melhor Atriz
conquistado em 2015 seria falar o óbvio (ela já merecia ser premiada por, pelo
menos, três de seus trabalhos; “Fim de Caso”, “Boogie Nights” e “Longe do
Paraíso”), mas ela é, de fato, a razão de ser deste drama: Seu registro do
Alzheimer é de uma minúcia, de uma elegância e ao mesmo tempo de uma riqueza de
pormenores que impressiona mesmo quem já conviveu de perto com essa doença.
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