segunda-feira, 2 de novembro de 2015

12 Anos de Escravidão

EUA. Segunda metade do século XIX. Durante o período vigente da escravatura, Solomon Northup, um negro nascido livre, pai de família e músico de profissão, é sequestrado e vendido para um senhor de terras como escravo. Inicia-se aí uma jornada que se estenderá por doze longos anos, onde ele passará por diferentes senhores, viverá e testemunhará toda sorte de abusos vividos pelos escravos por parte dos brancos, até conseguir encontrar um meio de escapar, e finalmente voltar para o convívio com sua família. Vencedor do Oscar 2013 de Melhor Filme é um notável exemplo da insuspeita competência artística do diretor Steve McQueen (realizador dos notáveis “Hunger” e “Shame”), cujos plamos de câmera distinguem de início este de qualquer outro filme já feito sobre este tema até então, além de uma aula de dever cívico no retrato pertinente (e raro no cinema norte-americano) que ele pinça sobre as atrocidades do dia a dia de um escravo. 
Na época de seu lançamento foram muitas as análises que observaram (com bastante propriedade) o quão pouco eram feitos filmes que abordassem o período da escravidão em solo americano, e contrapartida à filmes, por exemplo, sobre os direitos civis, estes muito mais numerosos. 
A qualidade incontornável de “12 Anos de Escravidão”, portanto, era um dado que não permitia que este filme fosse ignorado, levando à questão mais perene que obrigou o público a analisar essa postura de omissão da sociedade americana. 
É o cinema em seu papel imprescindível e fundamental de moldar opiniões saudáveis em prol da igualdade e dignidade. E melhor ainda se ele vem abrilhantado com grandes atuações de Chiwetel Ejiofor e da jovem Lupita Nyong'o.

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