É só uma sensação, provavelmente, mas ela sempre se reforça quando em vejo algo como "A Garota Que Conquistou O Tempo".
É sobre uma menina comum, estudante no Japão chamada Makoto, e sobre como o dom recém-descoberto de ir e vir no tempo através de saltos no vazio (adquirido quase por acaso) transforma seu cotidiano: De início, ela usa essa capacidade para usufruir de sua vantagem em pequenos e corriqueiros momentos (como esticar ao máximo o limitado tempo que dispõe para cantar no karaokê; ou chegar antes de sua irmã na geladeira para saborear um pudim), até ela começar a descobrir, através de circunstâncias que vão ganhando cada vez mais seriedade, que por mais que tenha esse poder de regressar ao passado (tendo a oportunidade de alterar ou evitar situações desconfortáveis, tristes ou trágicas) não importa o quê ela faça, Makoto simplesmente não pode mudar o fluxo da vida.
Aos poucos, novas surpresas vão se somando aos acontecimentos, com revelações desconcertantes da parte de alguns personagens.
É uma animação surpreendente, reflexiva, apaixonante, daquelas que nos levam a refletir sobre o modo como encaramos nossa própria vida, nossa própria percepção do mundo, e sobre como perdemos nosso tempo em frivolidades que pouco importam num contexto maior.
Claro que não é tão devastador quanto "O Túmulo dos Vagalumes", nem tão contundente quanto "Perfect Blue", mas há tantas coisas boas na animação japonesa que, se for o caso enumerar as virtudes de seus exemplares, não haveria outra coisa para fazer.
Sendo assim, não perca o SEU tempo e assista, pois, como dizem no filme: "O tempo não espera por ninguém."
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