Mario Bava possui uma postura das mais formais
neste trabalho todo climático, impregnado por percepções de que o passado é, em
determinada medida e circunstância, uma maldição que persegue os personagens.
Ambientado numa mansão campestre, lúgubre e
desolada, que em tudo remete à “O Morro dos Ventos Uivantes”, Bava relata a
história de maus-tratos, sofridos por uma família, de seu patriarca, cujo fantasma regressa aparentemente, para atormentá-los.
Em sua costumeira e confortável personificação
de vilão, Christopher Lee aparece com um bronzeado tão atípico e bizarro que,
conforme e iluminação em cena, parece até meio verde (!), o quê, aliás, parece
proposital visto que é até ressaltado no cartaz da produção.
Não é de se duvidar que seja essa uma das
muitas opções estéticas que Bava toma ao longo do filme (algumas francamente
discutíveis), que ele narra com depurada lentidão a fim de preencher momentos
silenciosos com o máximo de tensão.
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