domingo, 14 de fevereiro de 2016

Joy - O Nome do Sucesso

Dentre as três colaborações entre Jennifer Lawrence e o diretor David O’Russell, esta é provavelmente a mais fraca. Ainda que isso não implique uma falha do filme: Russell, ainda sim, entregou um ótimo trabalho, agradável de assistir, mas basta uma comparação para percebermos o quanto o filme depende de Jennifer Lawrence.
Em “O Lado Bom da Vida”, ela era uma coadjuvante de Bradley Cooper (embora, tenha ganhado o Oscar de Melhor Atriz), em um filme carregado de méritos. Algumas das melhores cenas dependiam de Jennifer para funcionar, é verdade, mas não eram raros os momentos em que o filme de sustentava sem ela.
Em “Trapaça”, ela era um integrante incrível num filme cheio de integrantes incríveis.
Entretanto, em “Joy” quanto tiramos Jennifer da equação não sobra quase nada a esse trabalho de Russell: ela é o pulmão que faz a narrativa respirar, e isso já justifica plenamente a indicação ao Oscar de Melhor Atriz, a única que o filme recebeu.
Acompanhamos a história de Joy Mangano, jovem de classe média americana que vinha de uma difícil situação, sustentando praticamente a família toda: aos dois filhos pequenos, a mãe que não levanta da cama e o ex-marido que mora no porão, logo se soma o pai, divorciado da mãe, mas que aparece para dividir o porão com o ex, quando sua atual namorada o chuta. Trabalhando de recepcionista, Joy sustentava essa tropa toda!
Em algum momento, o desespero a faz relembrar os sonhos ambiciosos que tinha quando era criança, de ser uma grande inventora. Era faz o planejamento de uma espécie de esfregão que apresentava várias utilidades práticas, e busca vendê-lo para poder prosperar.
Aos poucos, as desventuras de Joy a levam a um canal de vendas, onde ela conhece o empresário televisivo que será fundamental para a sua trajetória de sucesso (interpretado pelo próprio Bradley Cooper, também ele, colaborador constante de Jennifer Lawrence, e a química dos dois é um dos trunfos do filme).

É um filme bem tipicamente norte-americano, ao narrar com tanta pomba a história de uma personagem que é uma personificação viva do sonho americano. Mas se a sua condução encontra momentos claudicantes, e nem sempre inspirados, o fato de ser uma obra fluida e prazerosa se deve, e muito, à Jennifer Lawrence.

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