Dentre as três colaborações entre Jennifer
Lawrence e o diretor David O’Russell, esta é provavelmente a mais fraca. Ainda
que isso não implique uma falha do filme: Russell, ainda sim, entregou um ótimo
trabalho, agradável de assistir, mas basta uma comparação para percebermos o
quanto o filme depende de Jennifer Lawrence.
Em “O Lado Bom da Vida”, ela era uma
coadjuvante de Bradley Cooper (embora, tenha ganhado o Oscar de Melhor Atriz),
em um filme carregado de méritos. Algumas das melhores cenas dependiam de
Jennifer para funcionar, é verdade, mas não eram raros os momentos em que o
filme de sustentava sem ela.
Em “Trapaça”, ela era um integrante incrível
num filme cheio de integrantes incríveis.
Entretanto, em “Joy” quanto tiramos Jennifer da
equação não sobra quase nada a esse trabalho de Russell: ela é o pulmão que faz
a narrativa respirar, e isso já justifica plenamente a indicação ao Oscar de
Melhor Atriz, a única que o filme recebeu.
Acompanhamos a história de Joy Mangano, jovem
de classe média americana que vinha de uma difícil situação, sustentando
praticamente a família toda: aos dois filhos pequenos, a mãe que não levanta da
cama e o ex-marido que mora no porão, logo se soma o pai, divorciado da mãe,
mas que aparece para dividir o porão com o ex, quando sua atual namorada o
chuta. Trabalhando de recepcionista, Joy sustentava essa tropa toda!
Em algum momento, o desespero a faz relembrar
os sonhos ambiciosos que tinha quando era criança, de ser uma grande inventora.
Era faz o planejamento de uma espécie de esfregão que apresentava várias
utilidades práticas, e busca vendê-lo para poder prosperar.
Aos poucos, as desventuras de Joy a levam a um
canal de vendas, onde ela conhece o empresário televisivo que será fundamental
para a sua trajetória de sucesso (interpretado pelo próprio Bradley Cooper,
também ele, colaborador constante de Jennifer Lawrence, e a química dos dois é
um dos trunfos do filme).
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