sexta-feira, 18 de março de 2016

O Grande Gatsby

A suntuosa versão do diretor de “Moulin Rouge” para o clássico de F. Scott Fitzgerald foi um dos filmes mais aguardados de 2013. Seu forte, não há dúvidas, são os quesitos técnicos (sobretudo fotografia, figurino e direção de arte) que, de início, já dão um banho na versão setentista estrelada por Robert Redford e Mia Farrow. Aqui, Baz Luhrman foi felicíssimo na escolha do elenco: Seu chapa, Leonardo Dicaprio, está perfeito como Gatsby, dosando magnificamente o mistério com o necessário carisma do personagem. O mesmo vale para o sumido Tobey Maguire e para a ótima Carey Muligan, ambos se encaixam com tal perfeição em seus personagens que é preciso dar certo crédito à Luhrman.
 Aspirante a escritor, Nick Carraway (Maguire) instala-se nos arredores mais elitistas de Nova York, ao lado da propriedade de um certo Jay Gatsby, cujas festas que promove ganham repercussão por todo o lugar. Quando Nick finalmente o conhece, surpreende-se com a pessoa prestativa, afável e calorosa que conhece, e logo torna-se cumplice dele, em suas tentativas quase desesperadas de encontrar-se com a prima casada do próprio Nick, Daisy (Muligan). O quê leva Nick a suspeitar que ela e Gatsby tiveram algum envolvimento no passado.
É verdade que Baz Luhrman continua com seus excessos visuais e festivos que por vezes poluem a produção, beirando uma certa histeria, fatores que minaram o resultado final de seu último trabalho o épico ambicioso e profundamente falho “Austrália”.
Aqui, entretanto, esses deslumbres e extravagâncias estão a serviço de uma trama densa e poderosa, que acaba valorizando e compensando tal esforço.

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