domingo, 24 de abril de 2016

Ghost In The Shell - O Fantasma do Futuro

Um dos mais reflexivos e existenciais contos de ficção científica de que se tem notícia, a obra de Mamoru Oshi é também um exemplo do potencial técnico das animações japonesas: Sem maiores arroubos de pirotecnia, "Ghost In The Shell" avança quase que com uma surpresa visual a cada cena.
2029. Japão. Quase integralmente substituída por partes cibernéticas (a ponto de sequer ter certeza se há algo de realmente humano nela), a Major Motoko é designada para a caçada à um hacker misterioso chamado Mestre das Marionetes, famoso criminoso virtual especialmente do interesse do Ministério das Relações Exteriores.
Mas a origem do Mestre das Marionetes, os motivos pelos quais o governo o quer capturado, e a fonte das inquietações da própria Major Motoko podem levar a um desfecho surpreendente.
Datado de 1995, "Ghost In The Shell" está, ao lado de "Akira", entre os grandes trabalhos da animação japonesa. A técnica com a qual é concebida sua percepção de futurismo é de tal maneira arrojada e inovadora que ele influencia filmes até hoje, sendo a trilogia "Matrix" um dos exemplos mais claros.
Fascinante, contudo, permanece mesmo a sua discussão insolúvel sobre os limites da humanidade e da consciência, as percepções da lembrança e de todas as características intrínsecas que nos tornam indivíduos.

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