Uma idéia que fazia todo o sentido já que a
animação japonesa em geral, e “Ghost In The Shell” em particular, foram
influências fundamentais para “Matrix”.
São nove episódios realizados em diferentes e
magistrais estilos de animação, que ramificam a história da trilogia
"Matrix", com muito mais propriedade e maestria, diga-se, do que as
duas continuações do primeiro filme.
"Vôo Final de Osires" de Andrew R.
Jones, mostra a tripulação humana da nave Osires, e cujos integrantes têm uma
especialíssima participação nos filmes, às voltas com uma terrível descoberta.
Feito com a mesma técnica de “Final Fantasy”, e como ele, brindado com uma
ultra-realista animação por computação gráfica (os eventos deste episódio em especial levam diretamente às continuações).
"O Segundo Renascer Parte 1 e 2" de
Mahiro Maeda, conta a épica história da origem da Matrix e a dolorosa guerra
entre humanos e máquinas, do ponto de vista do lado vitorioso: As máquinas. A
raça humana surge assim como os grandes vilões da narrativa, dando um viés
inédito ao conceito criado pelos Irmãos Wachowsky. De longe, o melhor de todos
os episódios, não é apenas o segmento de qualidade superior, juntas, as duas partes formam uma das mais brilhantes, poderosas e reflexivas animações já concebidas.
"Era Uma Vez Um Garoto" de Shinichirô
Watanabe, traz a triste e alienada rotina de um jovem colegial que vive fora da
realidade e acaba fazendo amizade com um certo Neo. Seu interesse são as
informações extraídas do computador, e os segredos que parecem esconder a
verdade por trás do mundo como ele o conhece. O protagonista deste conto
profundamente denso e fatalista (talvez o mais pungente de todos) também chega a aparecer nas continuações.
"Coração de Soldado" de Yoshiaki
Kawajiri, o mesmo realizador de “Ninja Scroll”, revela a brutal prova de fogo
para se tornar membro da tripulação de uma nave no deserto e desolado mundo
real de “Matrix”, onde os tripulantes têm de confrontar as máquinas, e poucos
elementos são de fato confiáveis.
"Recorde Mundial" de Takeshi Koike,
criador do anime “Aeon Flux”, mostra a história de um atleta que consegue sair
da Matrix, sem o subterfúgio da pílula vermelha (como mostrado no primeiro
filme), mas fazendo-o praticamente por acaso, ao empregar um esforço e uma
concentração sobrehumanos.
"Além da Realidade" de Kôji Moromoto,
é uma aventura em que uma moça, junto de outras crianças, encontra uma casa
abandonada onde, aparentemente as leis da física não são obedecidas. Lá eles brincam, desafiam a gravidade e se divertem com fenômenos cientificamente impossíveis, sem ter
consciência de que, na verdade, eles se depararam com um defeito na Matrix, e que, dentro em breve, uma equipe de agentes chegará ao local.
"História de Detetive", também de
Shinichirô Watanabe, feito em preto e branco, o quê lhe confere um indefectível
clima de film noir, traz um investigador particular atrás de pistas nebulosas
que terminam o levando até Trinity (a personagem de Carrie Anne-Moss, nos
filmes), assim como também os perigosos e mortais agente à serviço da Matrix.
"O Robô Sensível" de Peter Chung,
mostra um robô encontrado por humanos e submetido por eles a uma espécie de
lavagem cerebral, na qual possíveis sentimentos simulados (como desejo, ou até
mesmo amor) são estimulados para que ele torne-se um recruta a favor da causa
humana. No desfecho, contudo, ele faz essa opção só quando já é tarde demais.
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