Se fosse parar utilizar uma palavra para
definir cada um dos filmes da trilogia “Matrix”, elas seriam ‘espanto’, para o
primeiro e revolucionário filme, ‘expectativa’ para o segundo, “Matrix Reloaded”,
lançado em maio de 2003, e ‘decepção’ para o terceiro e último, “Matrix
Revolutions”, lançado aproximadamente seis meses depois, numa estratégia um
pouco parecida com o lançamento de “De Volta Para O Futuro 2 e 3”, em 1990, e
os clássicos franceses “Jean de Florete” e “A Vingança de Manon”, em 1986.
Na sequência de sua luta, e de toda a
humanidade, contra a opressão das máquinas, Neo se defronta com novos
personagens e novos acontecimentos, que o levam, junto de Morpheu e sua amada Trinity a
um plano definitivo para encerrar a guerra e libertar a humanidade presa ao
mundo virtual.
Um ataque à cidade subterrânea de Zion (a última cidade humana povoada da Terra) é descoberto, dando aos humanos opositores das máquinas um prazo apertados para sobrepujá-las. Isso agrega urgência ao plano tão acarinhado de Morpheu, que inclui a libertação de uma entidade conhecida como O Chaveiro, e o uso de suas capacidades para penetrar no núcleo de consciência da Matrix, onde os poderes espantosos de Neo (explorados neste segundo filme em sequências assombrosas) poderão libertar todos os humanos prisioneiros daquele sistema.
Todos esses desdobramentos levam Neo a se encontrar com o Arquiteto, o idealizador supremo da Matrix, que trás consigo desconcertantes revelações.
Um ataque à cidade subterrânea de Zion (a última cidade humana povoada da Terra) é descoberto, dando aos humanos opositores das máquinas um prazo apertados para sobrepujá-las. Isso agrega urgência ao plano tão acarinhado de Morpheu, que inclui a libertação de uma entidade conhecida como O Chaveiro, e o uso de suas capacidades para penetrar no núcleo de consciência da Matrix, onde os poderes espantosos de Neo (explorados neste segundo filme em sequências assombrosas) poderão libertar todos os humanos prisioneiros daquele sistema.
Todos esses desdobramentos levam Neo a se encontrar com o Arquiteto, o idealizador supremo da Matrix, que trás consigo desconcertantes revelações.
Aguardadíssima pelo público, devido ao forte
status Cult que o primeiro filme logo conquistou, esta continuação de
"Matrix" terminou por se mostrar um impressionante espetáculo visual
com pelo menos duas cenas (a perseguição de carro e a luta contra 200 agentes)
capazes de deixar qualquer um boquiaberto.
Os diretores (Andy e Larry Wachowsky) mostravam
um domínio técnico tão arrojado quanto o que demonstraram no filme original,
chegando até a fazer com que “Reloaded” tirasse um certo proveito de ser
justamente o ‘filme do meio’: Como a trama já não tinha um início, e sabia-se
de antemão que não teria um desfecho, eles trabalharam com a expectativa do
público, criando uma história que levantava ainda mais dúvidas e enigmas a
respeito da Matrix, e trazendo novos personagens, como Merovingian (Lambert
Wilson), Persephone (interpretada pela sempre deslumbrante italiana Monica
Bellucci), o próprio Chaveiro (Randall Duk Kim), e por fim o Arquiteto (Helmut Bakaitis),
que só acrescentavam mais mistério ao desenlace, reservado para o terceiro
filme graças ao gancho aflitivo deixado na última cena.
O quê reservou à “Matrix Revolutions” a mais
ingrata das tarefas: Responder a questões que não necessariamente teriam
respostas plausíveis (e se você assistiu a meia hora final de “Reloaded”, sabe
exatamente do quê eu estou falando), e dar um respaldo, desta vez sem
subterfúgios, para todas as altíssimas expectativas levantadas, o quê, se
pensarmos melhor, era desde sempre, algo impossível.
Dessa maneira, quando “Revolutions” se inicia,
a guerra definitiva contra as máquinas já se aproxima. E isso leva Neo a encarar
seu destino dentro da Matrix, e seu maior inimigo, o Agente Smith, após ser
resgatado por Morpheu e Trinity de um limbo ao qual foi jogado no final nebuloso
de “Reloaded”.
Após todas as pontas soltas e perguntas sem
respostas deixadas pelo filme anterior, esperava-se demais deste terceiro e
derradeiro filme.
O que talvez explique por que ele é um pouco decepcionante.
A despeito da excelência da parte técnica, bastante explorada nos filmes anteriores, a história não soube esclarecer de modo satisfatório tantas dúvidas deixadas no ar (Qual o propósito de personagens como Merovingian e Persephone? Que relação têm a Oráculo e o Arquiteto? Como e por quê os poderes de Neo acabaram se manifestando na realidade? De onde surgiu o ‘escolhido’, já que o Arquiteto deu a entender que ele era parte da Matrix?), respondendo-as de uma maneira rasa, quase deixando-as de lado, e focando bastante na ação ininterrupta que domina muito da metade final do filme, e que parecia muito mais bem-feito e inovador nos episódios anteriores.
O que talvez explique por que ele é um pouco decepcionante.
A despeito da excelência da parte técnica, bastante explorada nos filmes anteriores, a história não soube esclarecer de modo satisfatório tantas dúvidas deixadas no ar (Qual o propósito de personagens como Merovingian e Persephone? Que relação têm a Oráculo e o Arquiteto? Como e por quê os poderes de Neo acabaram se manifestando na realidade? De onde surgiu o ‘escolhido’, já que o Arquiteto deu a entender que ele era parte da Matrix?), respondendo-as de uma maneira rasa, quase deixando-as de lado, e focando bastante na ação ininterrupta que domina muito da metade final do filme, e que parecia muito mais bem-feito e inovador nos episódios anteriores.
Num ano em que o cinema contou com um filmaço
de qualidade sem precedentes como “O Senhor dos Anéis-O Retorno do Rei”, as
duas esperadas continuações de “Matrix” amargaram a frustração de não se
equiparar ao filme original.
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