segunda-feira, 2 de maio de 2016

Contra O Tempo

Os bons autores reconhecem, no gênero da ficção científica, o terreno onde suas tramas acomodam inquietações que refletem nossa sociedade, seja de ordem política, filosófica, existencial ou pessoal.
“Contra O Tempo” embora não seja a mais espetacular das realizações (talvez, peque pelo peso excessivo que a narrativa dá ao seu andamento), é um trabalho no qual essas características casam com perfeição.
Ele conta uma história onde um capitão do exército norte-americano desperta num trem de Chicago, na companhia de uma moça que desconhece. Nos oito minutos seguintes, ele descobrirá que todos naquele trem morreram num atentado a bomba, e que ele, como parte de uma experiência do governo, tem a missão de reviver as últimas lembranças de um ocupante do trem até descobrir o responsável.
Diretor do instigante "Lunar", Duncan Jones criou aqui mais uma vez um belo conto de ficção científica onde ele questiona os limites da mente e da realidade, com base na gradual conscientização de seu protagonista (o ótimo Jake Gyllenhall) da situação fantástica em que está metido.

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