segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Rainha Margot

França, século 16. Para manter a paz em função de uma eminente revolta religiosa, um casamento arranjado une a católica Margot (Isabelle Adjani, em toda a sua exuberância visual e interpretativa), irmã do rei Charles IX e filha de Catarina de Médici, e o nobre protestante Henri de Navarre (o sempre ótimo Daniel Auteuil). Ela se recusa, no entanto, a aceitá-lo como marido. Pouco depois, cinco mil protestantes são massacrados no Dia de São Bartolomeu. Margot protege um sobrevivente, La Môle (o galã Vincent Perez), ironicamente um protestante, e se apaixona por ele.
A jornada íntima de Margot na descoberta de quem é e quais as verdadeiras mazelas enfrentadas pela França caminha paralela à jornada do próprio Henri de Navarre, na tentativa de se impor em meio ao jogo quase mortal de intrigas palacianas.
O diretor Patrice Chereau exerce um trabalho significativo e carregado de propriedade neste épico francês de grande impacto visual e acentuada dramaticidade.
Embora sua visão sobre os jogos do poder e a ambigüidade moral da realeza ostente uma série de preciosismos singulares de ordem narrativa, este poderoso trabalho causou certo alvoroço em meados dos anos 1990 quando foi lançado, em grande parte por suas cenas de sexo, envolvendo inclusive a bela e deslumbrante Isabelle Adjani, grande estrela do cinema francês.

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