França, século 16. Para manter a paz em função
de uma eminente revolta religiosa, um casamento arranjado une a católica Margot
(Isabelle Adjani, em toda a sua exuberância visual e interpretativa), irmã do
rei Charles IX e filha de Catarina de Médici, e o nobre protestante Henri de
Navarre (o sempre ótimo Daniel Auteuil). Ela se recusa, no entanto, a aceitá-lo
como marido. Pouco depois, cinco mil protestantes são massacrados no Dia de São
Bartolomeu. Margot protege um sobrevivente, La Môle (o galã Vincent Perez),
ironicamente um protestante, e se apaixona por ele.
A jornada íntima de Margot na descoberta de
quem é e quais as verdadeiras mazelas enfrentadas pela França caminha paralela
à jornada do próprio Henri de Navarre, na tentativa de se impor em meio ao jogo
quase mortal de intrigas palacianas.
O diretor Patrice Chereau exerce um trabalho
significativo e carregado de propriedade neste épico francês de grande impacto
visual e acentuada dramaticidade.
Embora sua visão sobre os
jogos do poder e a ambigüidade moral da realeza ostente uma série de
preciosismos singulares de ordem narrativa, este poderoso trabalho causou certo
alvoroço em meados dos anos 1990 quando foi lançado, em grande parte por suas
cenas de sexo, envolvendo inclusive a bela e deslumbrante Isabelle Adjani,
grande estrela do cinema francês.
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